Em declarações à Angop, a propósito do funcionamento da ORDENFA, o responsável disse existir um número elevado de profissionais da classe que exercem a actividade de forma ilegal no país, o que põe em risco a vida dos pacientes que recorrem a estes serviços.
Referiu que do total acima referido, 1.006 trabalha no sector público e 35 no privado em todo território nacional.
Declarou que eles entraram para esses serviços designadamente nos centros de saúde e hospitais em diversas comunidades de forma ilegal e só foi descoberto, porque a Ordem dos Enfermeiros solicitou a lista nominal dos estudantes para analisar os documentos chegando à conclusão de que muitos deles estão ausentes da lista escolar.
“ Nós no final de cada ano lectivo pedimos relação nominal de todos os formandos e com isso é comparado com a lista que possuem e cada ano constatamos a existência de certificados duvidosos, o que totaliza esses 1.432 e muitos deles estão mesmo a trabalhar sem formação de enfermagem”, adiantou.
Explicou que ainda são considerados duvidosos, porque precisa-se da confirmação do Serviço de Investigação Criminal e da Inspeção de Saúde, para a averiguação dos casos.
De acordo com o bastonário, uma das medidas da sua instituição nesses casos, é impedir que esses suspeitos profissionais adquiram a carteira profissional para o cumprimento das suas funções e a seguir encaminham o processo a quem de direito.
“Até agora são apenas considerados duvidosos, cabe a investigação criminal averiguar e confirmar se são falsos ou não, porque ouve vezes que ao se contactar a instituição de ensino, eles dizem tratar-se de um lapso na elaboração da lista.
Por vezes, disse, confirmam que o indivíduo fez parte da instituição, porém sem confirmação faz-se a cassação da carteira, o que significa que lhe é retirada a possibilidade de exercer a profissão da enfermagem no país.
O exercício de uma profissão ilegal é crime salientou, por isso, essas pessoas que possuem certificados falsos devem ser penalizadas, de acordo com a Lei.
Porém disse, apesar disso os profissionais sem licença podem ser aproveitados se fizerem um curso de promoção para capacitá-los, ressaltando que eles por vezes possuem conhecimento prático e só é necessário complementar-se com o teórico.