Segundo uma informação do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, o caso foi participado por populares na tarde de terça-feira, apontando então para cinco cadáveres do sexo masculino, encontrados no Bairro da Lixeira, no município do Kilamba Kiaxi.
Uma equipa do piquete da polícia angolana confirmou no local a existência de cinco vítimas, ainda por identificar, aparentando ter idades entre os 20 e 23 anos, "encontradas com perfurações de projeteis de armas de fogo por determinar".
"De acordo com as informações colhidas no local, presume-se que algumas da vítimas sejam residentes na zona da ocorrência, visto que testemunhas no local afirmavam conhecer três das cinco vítimas", informou, em comunicado, o comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, acrescentando que prosseguem diligências para determinar "o que de facto ocorreu", bem como as armas utilizadas e a autoria dos crimes.
"A delegação do Ministério do Interior na província de Luanda, preocupada com a situação, apela aos cidadãos que tenham testemunhado os factos que denunciem", refere o mesmo comunicado.
O segundo comandante-geral da Polícia Nacional de Angola admitiu, a 04 de novembro, que a falta de esquadras em alguns bairros de Luanda resulta da "incapacidade técnica e infraestrutural" daquela força, recordando que a "corporação tem homens, mas não tem essas condições".
"Claro que nós temos de velar primeiro pela organização policial. Nós temos bairros que não têm esquadras policiais porque não temos capacidade de pôr infraestruturas, não temos capacidades técnicas", disse Paulo de Almeida.
O comissário-chefe falava à margem do encontro de auscultação e concertação com a sociedade civil precisamente sobre a segurança pública em Luanda, tendo negado que a atual situação seja preocupante.
"Não estamos a realizar isso [o encontro] porque a situação está preocupante, nós é que temos que saber nos organizar. Qualquer país deve saber se organizar e não podemos esperar que a situação deva estar bastante preocupante para reagirmos, e é isso que estamos a fazer", precisou.
Durante o encontro, o ministro do Interior, Ângelo de Veiga Tavares, exortou os efetivos da polícia a trabalharem mais durante a noite por constar "fraco policiamento" nesse período.
O segundo comandante da Polícia Nacional de Angola considerou a pretensão do ministro do Interior como um "vontade política", fundamentando que "em qualquer parte do mundo de noite há menos polícia", porque o policiamento nesse período "é mais oneroso", se comparado com o período diurno.
"Os esforços de policiamento de noite são três vezes maiores do que o policiamento de dia, claro, nós hoje necessitamos de meios técnicos suscetíveis para se poder garantir um trabalho eficiente noturno", sustentou.