O novo conselho de administração da TCUL, empresa responsável pelo transporte diário de mais de 100.000 passageiros, foi nomeado pelo ministro da Economia e Planeamento de Angola, Pedro Luís da Fonseca, e substitui o anterior, liderado por Freitas Neto, cuja saída acontece quando os mais de 1.900 trabalhadores ameaçavam arrancar, hoje, com uma greve por tempo indeterminado.
Face à nova situação da empresa, a comissão sindical tomou a decisão de suspender a greve, que reivindica dois meses de atraso salarial, subsídios de alimentação em falta há cerca de dois anos e o não cumprimento dos turnos e das qualificações profissionais, incluindo avaliações e contagem de tempo para a reforma.
Segundo o coordenador da comissão sindical de trabalhadores da TCUL, Otávio Francisco, depois de apresentada hoje a nova administração da empresa, os trabalhadores vão apresentar os problemas que se verificam atualmente.
"Entendemos que, tão logo seja apresentada a nova gestão, os problemas que estão no caderno reivindicativo vão ser discutidos com o novo Conselho de Administração", disse Otávio Francisco, citado hoje pela agência noticiosa angolana, Angop.
O novo Conselho de Administração da TCUL é ainda integrado por Énio Renato de Magalhães Costa, diretor da Área Técnica, Pedro Pereira, diretor da Área Financeira, e Hermínia Sebastião Mateus Mac Mahon e Avelino Dala, ambos administradores não executivos.
Em 2016, os trabalhadores da TCUL realizaram uma greve prolongada, quando quase todos reclamavam nove meses de salários em atraso.