A posição foi transmitida em conferência de imprensa pelo diretor do Hospital Pediátrico David Bernardino, em Luanda, para onde as gémeas siamesas foram transferidas após o parto, na maternidade Augusto Ngangula, também na capital angolana, a 02 de abril.
"As bebés siamesas partilham o mesmo coração e o mesmo fígado. Com este achado imagiológico não é viável a intervenção cirúrgica", anunciou Francisco Domingos.
As gémeas siamesas - uma terceira gémea nasceu sem problemas - estão a ser acompanhadas por uma equipa multidisciplinar, da qual faz parte o cirurgião cardiotorácico português Manuel Pedro Magalhães.
"O sucesso desse tipo de situações é nulo. Houve várias tentativas no passado, que quando há essa situação de sacrificar um dos gémeos em favor do outro, nenhum dos outros que ficou nunca chegou a ir para casa", alertou o especialista.
Os médicos mantêm um prognóstico "bastante reservado" sobre estas gémeas, tendo em conta a "sobrecarga" aplicada ao coração que os dois recém-nascidos partilham.