O religioso foi julgado sumariamente por crimes de desobediência e resistência, devendo pagar AKZ 200 por dia e uma taxa de justiça de 30 mil.
No quadro do mesmo processo, o tribunal condenou o advogado da igreja, Ambrósio Francisco, a 45 dias de prisão, convertida em multa, e a mesma taxa de justiça.
Durante a sessão, ambos foram aconselhados a não voltar a frequentar o novo templo da Igreja, sem antes receberem a ordem do tribunal, sob pena de voltarem a ser detidos.
Simão Lutumba e o seu advogado haviam sido detidos no último domingo, pela Polícia Nacional, por actos de desordem pública, na sequência do impedimento da inauguração do Templo Internacional da Igreja, com capacidade para 18 mil fiéis.
A interdição do templo foi aplicada dia 15 deste mês, pelo Tribunal Provincial de Luanda, na sequência de uma acção interposta pelo empreiteiro da obra.
Em causa esteve uma alegada dívida de AKZ 2 mil milhões, resultante da construção do templo, no Distrito Urbano da Sapú, município do Kilamba Kiaxi, em Luanda.
Simão Lutumba foi acusado pela Polícia de ter retirado o selo que interditava o templo, no sábado, e tentado forçar a inauguração, no domingo, acção frustrada pela corporação.
Na sequência, segundo a corporação, o líder religioso promoveu uma manifestação de quase oito horas, nas imediações da Direcção Nacional de Viação e Trânsito, Avenida Pedro de Castro Van-Dúnem Loy, instalando um clima de desordem púbica.
Acompanhado de pelo menos dois mil fiéis, Simão Lutumba "barrou o trânsito automóvel", situação resolvida com a sua detenção e a do seu advogado, após várias tentativas para os retirar do local da manifestação.