O diretor do Gabinete de Informação e Análise do Comando-Geral da Polícia Nacional de Angola, comissário José da Piedade, falava aos jornalistas no final de uma visita que o comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, efetuou ao aeroporto e às infraestruturas envolventes.
José da Piedade, citado pela agência noticiosa Angop, destacou a capacidade humana das forças de segurança que operam na unidade aeroportuária, a par dos meios técnicos e tecnológicos apropriados para o combate a práticas delituosas.
"Os nossos aeroportos têm capacidades técnicas e humanas para fazer face às ameaças, à sua aparente vulnerabilidade, ao tráfico de menores e à saída ilegal de moeda estrangeira e outras ações criminosas", referiu José da Piedade, enfatizando a frequente apreensão de drogas.
José da Piedade disse haver, porém, a necessidade de se reforçar alguns aspetos securitários, como o incremento dos mecanismos de cooperação entre as várias instituições que operam no recinto, com vista a aumentar a segurança e combater as ações criminosas.
"O balanço que fazemos é positivo, porque notamos que existem meios de detenção, de fiscalização de mercadorias suspeitas, de drogas, de valores monetários e outras para fins comerciais", disse o porta-voz da Comissão Multissetorial de Avaliação da Prontidão dos Aeroportos e Portos.
Além de Paulo de Almeida, integraram a comitiva ao Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, o diretor nacional dos Serviços de Investigação Criminal, Eugénio Alexandre, representantes do Serviço de Migração e Estrangeiro e da Agência Geral Tributária.
Na companhia do coordenador da comissão de gestão da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA), Mário Dominguês, a comissão visitou as zonas de embarque, de desembarque e de 'check-in', bem como procedeu a uma avaliação dos equipamentos de segurança.
A visita teve como objetivo constatar eventuais vulnerabilidades e mecanismos de entrada de mercadorias do país, pelo que se estendeu às áreas de "contentorização e descontentorização", de encomendas postais da DHL e aos armazéns da ENANA, entre outras.
Nos próximos dias, e com o mesmo propósito, a delegação visitará o porto de Luanda e alguns postos fronteiriços de Angola, tendo em conta os riscos advindos das mercadorias que entram no país, para os funcionários migratórios, transeuntes e passageiros.