Desde a detenção na semana passada de José Mateus Zecamutchima, nada se sabe sobre a sua situação. A revelação é dos advogados de defesa que afirmam que há cinco dias que a polícia recusa dar informações sobre o activista.
Salvador Freire, um dos advogados de defesa, diz não compreender a atitude do Serviço de Investigação Criminal que na sua óptica está a violar um direito que assiste aos advogados de contactar os respectivos clientes na cadeia. “Eles não permitem que tenhamos contacto com ele. Nós não compreendemos porquê. É de lei que todos os advogados tenham o direito de estar com os seus constituintes e, evidentemente, só encontramos esse entrave no SIC”, denunciou o causídico.
O advogado e também presidente da Associação “Mãos Livres”, Salvador Freire, enfatiza que a última vez que esteve com José Mateus Zecamutchima foi no dia da sua detenção, mas que desde então a defesa nunca mais viu o activista cuja situação inspira cuidados, uma vez que o acusado padece de problemas respiratórios, e o seu estado de saúde poderia ter-se deteriorado.“Para além de não mantermos contacto físico com ele, o Zeca vive alguns problemas de saúde. Por não termos contacto com ele, não sabemos se já foi transferido para a província da Lunda Norte ou ainda esta cá, na província de Luanda’, declara o advogado.
Salvador Freire prometeu fazer diligências junto da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Serviço de Investigação Criminal Central (SIC) para obter informações a respeito do seu constituinte.