O agora condenado vai ainda pagar o valor de três milhões de kwanzas à família da vítima, bem como 100 mil kz de taxa de justiça e 10 mil ao defensor oficioso.
A jovem Antónia Manuel Fragão foi encontrada morta, com sinais de agressão, após ter marcado encontro através da rede social Facebook com um "amigo". A mulher, residente do município do Cazenga, saiu de casa no dia do seu aniversário, 23 de Fevereiro, para ir a um encontro marcado do jovem Cláudio Cafunda na Ilha de Luanda.
Conta a acusação que o homicida, através do Messenger da rede social Facebook, pediu a Antónia Manuel Fragão que fosse ter consigo, dando como indicação o mini-mercado Star One.
Para o encontro, a rapariga terá levado uma pasta, livros, um computador portátil e o seu telemóvel.
Durante a conversa, já na residência do agora condenado, na Ilha do Cabo, o mesmo obrigou Antónia Manuel Fragão a ter relações sexuais, e face à rejeição dessa, agrediu-a com uma cadeira de metal, desferindo um golpe no pescoço.
A vítima, prossegue a acusação, encontrava-se indefesa no chão após ser atingida com a cadeira e mesmo assim o réu insistiu em desferir vários golpes com a cadeira. Insatisfeito, continua a acusação, amarrou-a de forma a provocar a morte da jovem Antónia Manuel Fragão, de 26 anos.
Segundo o tribunal, o réu Cláudio Cafunda retirou a roupa da vítima, que ainda respirava, e violou-a, tendo-se apropriado do seu telemóvel.
Os familiares, aperceberem-se da ausência da vítima, tentaram várias vezes contácta-la pelo seu telemóvel que estava desligado.
Nas diligências feitas, os familiares aperceberam-se que Antónia Manuel Fragão marcou um encontro com um homem no Facebook e foi através desta rede que se chegou ao contacto de um amigo do homicida, declarante no processo.
Postos na residência do réu, conta a acusação, o homicida escondeu-se, o que chamou a atenção dos familiares que decidiram revistar a casa e foi quando se depararam com o cadáver da jovem, embrulhado com lençóis e com sinais de agressões.
O réu, submetido ao interrogatório, confessou a prática do crime sem rodeios, e, para o tribunal, o homicida não mostrou sinais de arrependimento e terá prestado falsas declarações.
O arguido, segundo o tribunal, agiu de forma livre, consciente e deliberada, com o feito único de tirar a vida da infeliz, sem qualquer remorso.
Os familiares da jovem Antónia Manuel Fragão, que assistiram à sentença em lágrimas, não prestaram declarações à imprensa. NJ