Na cerimónia de inauguração, o Chefe de Estado descerrou a placa, cortou a fita e, numa pequena caravana de viaturas protocolares da Presidência da República, deu "luz verde" para a reabertura desse importante trecho, após seis meses de paralisação.
Em poucos minutos, o Titular do Poder Executivo percorreu o viaduto, construído numa extensão de 510 metros, para melhorar a circulação no troço que vai da BCA (Grafanil-Viana) à Unidade Operativa (nos dois sentidos) e da Senado da Câmara à Tourada.
Antes da inauguração, José Eduardo dos Santos recebeu explicações técnicas do ministro da Construção, Artur Fortunato, e da engenheira responsável pela obra Rosária Kiala sobre a execução da obra.
Após a inauguração do troço, com 5,5 metros de altura e dois muros de encontros nas extremidades, os automobilistas "testaram" a robustez e ressaltaram os ganhos da obra.
Com essas alterações na Avenida Deolinda Rodrigues, os automobilistas passam a utilizar na zona Norte/Sul o eixo superior (tabuleiro), enquanto no sentido Oeste/Leste (Senado da Câmara /Tourada) o tráfego é feito através dos ramais inferiores e da rotunda.
Este projecto constitui, no entender dos cidadãos, mais um ganho para cidade de Luanda que vê a partir de agora a mobilidade rodoviária melhorada no sentido Norte/Sul (Avenida Deolinda Rodrigues) e Oeste/Leste (Tourada/Senado da Câmara).
O automobilista Francisco Tomas lembrou que antes das obras, o trânsito era complicado e durante os seis meses de execução do projecto os transtornos aumentaram, mas agora as dificuldades estão ultrapassadas.
Contou que durante o período de execução da obra, para sair do 1º de Maio aos Congoleses, usando a via alternativa, levava de 40 minutos a uma hora, mas com a inauguração do viaduto este trecho será feito em menos tempo.
Filipe Alberto, que diariamente faz o percurso Viana/1º de Maio, explicou que em função dos transtornos criados com o início da obra, os taxistas faziam a descarga dos passageiros na paragem dos Congoleses.
Dos Congoleses ao 1º de Maio, os passageiros faziam o percurso de mais ou menos um quilómetro a pé para pegar outro táxi.
Segundo o cidadão, com a circulação reposta, deixará de acordar às cinco horas, tendo em conta que agora o trânsito neste percurso será fluído.
Para Paula Beatriz, este tipo de empreendimentos dão outra imagem à cidade capital, além de facilitar a mobilidades dos automobilistas.
O viaduto da Unidade Operativa tem uma altura de 5,5 metros, 510 metros de comprimento, 20 metros de largura, quatro faixas de rodagem, sendo duas para cada sentido, com 14 metros de largura e 3,5 metros para cada faixa.
Para a construção desta obra de engenharia civil foram utilizados 47 mil metros cúbicos de betão armado, 13 mil e 968 toneladas de aço, 30 pilares. Em cada pilar foram coladas quatro estacas, 30 vigas travessas e 99 pré-moldadas e quatro mil e 970 prelajes.
A obra tem sinalização vertical e horizontal, iluminação pública, rede de esgotos de águas pluviais, alças de acesso e saídas da Deolinda Rodrigues para senado da Câmara e vice-versa, assim como da Deolinda Rodrigues para a Tourada e Viana e vice-versa.
A infra-estrutura, que gerou pelo menos 314 postos de trabalho directos, sendo 267 nacionais, liga Viana ao centro da cidade e a zona da Tourada à Senado da Câmara, sem a intercessão de vias, visto que uma passará sob a outra.
O acto de inauguração do viaduto foi testemunhado por auxiliares do Titular do Poder Executivo e representantes da sociedade civil.