Pedro Castro e Silva referiu que os bancos existentes no mercado correspondem à demanda e “no dia em que a oferta for superior àquilo que é a procura por serviços bancários, então o mercado irá ajustar-se”.
O sistema bancário angolano tem atualmente 25 bancos autorizados.
Sobre o aumento do número de bancos obrigados a constituir uma reserva para evitar riscos sistémicos, de oito para 11, Pedro Castro e Silva referiu que a medida deriva das melhores práticas a nível mundial.
Segundo o vice-governador do banco central angolano, em todos os sistemas bancários há bancos com um peso maior de depósitos e é preciso supervisionar os riscos.
“Um banco que detém 25% dos depósitos merece mais atenção do que um banco que tem 0,5% dos depósitos, porque temos mais pessoas, mais empresas, expostas a esses bancos”, sublinhou.
Pedro Castro e Silva disse que estes bancos sistémicos podem criar problemas a todo o sistema bancário em caso de deixarem de ser viáveis.
“A forma que o regulador e os bancos encontram para preparar as instituições para suster riscos é aumentando o capital, por isso é que existe uma determinada percentagem do capital que tem que ser constituída apenas pelos tais bancos sistémicos”, frisou.
Os 11 bancos angolanos terão de constituir, entre janeiro e junho do próximo ano, essa reserva de capital adicional, cujos montantes dependem das instituições a que são aplicados.