Mpinda Simão, que falava em Luanda, por ocasião do Dia Mundial do Analfabetismo, que hoje se assinala, disse que Angola está "comprometida com uma agenda de educação única e renovada, ousada e ambiciosa".
O governante angolano referiu ainda que, porque 24,7% da população angolana não saber ler nem escrever, este é um desafio para toda a sociedade, "de garantir que o analfabetismo não constitui fator de exclusão" para esses cidadãos.
Segundo Mpinda Simão, devido à crise económica que Angola enfrenta desde finais de 2014, com a baixa do preço do petróleo no mercado internacional, não têm sido pagos os subsídios a alfabetizadores e facilitadores, bem como para a aquisição dos materiais didáticos.
O titular da pasta da educação realçou que, apesar das "inúmeras dificuldades resultantes da crise económica, há uma demonstração clara do espírito de sacrifício, que caracteriza os alfabetizadores, facilitadores, formadores e todos os agentes envolvidos no processo", aos quais reiterou os seus agradecimentos.
Para o ministro, o desafio para o futuro "passa pela melhoria da qualidade do processo e a criação de condições, para que um maior número de alfabetizados possa dar continuidade aos seus estudos até à conclusão do ensino primário".
Sobre o lema das celebrações da data, "Analfabetismo num Mundo Digital", Mpinda Simão disse que devem ser objeto de reflexão questões como o tipo e níveis de alfabetização necessários, num mundo cada vez mais digital, bem como a adaptação dos programas, em termos de metodologias de ensino e aprendizagem.
O ministro acrescentou que as tecnologias podem ser decisivas para um melhor acesso à educação, informação e conhecimento, tendo assegurado que o Governo de Angola adotou iniciativas no sentido de acelerar o desenvolvimento com o uso das novas tecnologias.
"A governação eletrónica, a expansão da rede digital no país e o aumento das condições para um maior acesso à internet são já uma realidade em pelo menos todas as sedes municipais do país. O projeto de construção de 25 mediatecas enquadra-se nos esforços para conferir mais cidadania e mais inclusão", referiu.