O facto foi anunciado sexta-feira (31 de Outubro) pela ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, durante a conferência de imprensa que serviu para apresentação pública da proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2026, documento que já se encontra na Assembleia Nacional.
Na ocasião, a titular das Finanças clarificou que a transformação do INH enquadra-se na estratégia de organização do mercado imobiliário angolano, com vista o combate ao branqueamento de capitais neste segmento, uma das recomendações também do GAFI.
“Entendemos que o mercado imobiliário é algo que deve merecer a nossa atenção, que também é uma das recomendações do GAFI, para acelerar o processo da retirada de Angola na lista cinzenta desta organização internacional”, destacou.
Segundo Vera Daves de Sousa, a estratégia da transformação do INH em Agência Reguladora, cujo processo está bem avançado com o departamento ministerial responsável pela matéria, vai ajudar a disciplinar o mercado e a mitigar o risco de branqueamento de capitais através deste sector específico.
Angola está na lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional desde Outubro de 2024, devido a deficiências persistentes no combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, facto que o Governo tem trabalhado para resolver as deficiências identificadas.
Países na lista cinzenta são aqueles com deficiências estratégicas identificadas no seu sistema de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
Esses países estão sob supervisão reforçada e comprometem-se a resolver essas deficiências dentro de prazos acordados. O GAFI explica que a inclusão “não é punitiva”, mas sim uma orientação para melhorias.





