A posição foi expressa pelo presidente do conselho de administração da AGT, Sílvio Burity, à margem da palestra "As administrações tributárias no século XXI", que assinala o terceiro aniversário da instituição.
Em causa está a detenção, em outubro, de cinco funcionários da AGT por suspeitas de desvio de receitas, que apontam para 170 milhões de kwanzas (cerca de 870 mil euros), da cobrança de impostos a empresas importadoras.
Questionado pela agência Lusa, se o facto traduz uma mancha nos três anos de atividade da AGT, Sílvio Burity garantiu que a instituição tem valores a preservar.
"Esses casos são detetados pela instituição e a instituição é que canaliza para os órgãos de justiça, portanto, há aqui uma obrigação legal que a instituição cumpre e é a própria instituição que quer que estas condutas sejam devidamente tratadas", disse o responsável.
Acrescentou ainda que entre os valores a preservar, "a transparência e a honestidade" são os que mais destacam.
"Entretanto, a AGT tem os seus funcionários e na atuação de alguns funcionários, eles desviam-se muitas vezes das normas da instituição", disse.
Segundo Sílvio Burity, a própria instituição tem um gabinete de auditoria e integridade institucional, que com a sua ação "tem vindo a detetar esses casos".
"É a própria estrutura da instituição que tem vindo a detetar esses casos, portanto, nós como instituição e as nossas obrigações para com os contribuintes obrigam-nos a ter uma conduta exemplar e nós temos vindo a incentivar o cumprimento junto dos nossos trabalhadores e existe um compromisso de não tolerância com essas condutas", assegurou.