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Confrontos com exército matam 31 milicianos na República Democrática do Congo

29 Abril, 2017

Kinshasa, (EFE).- Pelo menos 31 membros da milícia Kamuina Nsapu morreram em enfrentamentos com as forças armadas da República Democrática do Congo (RDC) na província de Kasai Central, informaram fontes militares à Agência Efe neste sábado

Segundo o porta-voz do exército, o general Jean-Richard Kassongo, os soldados atiraram contra os milicianos depois que estes atacaram militares destinados na cidade de Kakamba.

"Os agressores queriam reconquistar o município, que estava sob o controle das forças armadas", afirmou o general Kassongo, que lembrou que outro grupo de milicianos foi liquidado na região pelo exército na madrugada da sexta-feira

Os choques entre a milícia e o exército começaram na quinta-feira durante a noite e se prolongaram até a manhã de hoje, razão pela qual o balanço de mortos pode aumentar nas próximas horas.

A violência levou muitos moradores de Kakamba a abandonar suas casas e refugiar-se nas montanhas. O chefe tradicional da localidade está desaparecido desde o começo dos combates.

"Nossos soldados continuam buscando alguns milicianos fugidos, e por isso é difícil falar de um retorno à normalidade", afirmou o general.

Em julho deste ano, uma onda de violência de grande escala explodiu na província de Kasai Central e se expandiu posteriormente às vizinhas Kasai e Kasai Oriental, e desde então as atrocidades não fizeram mais que aumentar.

No final de março, os corpos de dois especialistas da ONU, a sueca de origem chilena Zaida Catalán e o americano Michael Sharp, foram encontrados na província de Kasai Central após permanecerem vários dias desaparecidos.

Pelo menos 400 civis morreram desde agosto e 434.000 pessoas tiveram que fugir de seus lares por estes enfrentamentos violentos, segundo dados do Escritório da ONU para os Direitos Humanos ns RDC.

Além disso, a organização denunciou a descoberta de numerosas valas comuns na região e exigiu que as autoridades as investiguem.

Este conflito surgiu em abril de 2016 entre o líder local Kamuina Nsapu e o governo do país africano, que não reconhecia sua autoridade na região.

Depois da morte de Kamuina Nsapu pelo exército, seus seguidores se radicalizaram e começaram a atacar instituições estatais.

Recentemente, o governo devolveu o corpo de Nsapu à sua família, que o enterrou e nomeou seu sucessor, em uma tentativa, por enquanto infrutífera, de frear uma onda de violência que causou centenas de mortes nos últimos meses.

Last modified on Sábado, 20 Mai 2017 16:06

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