O Zanu-PF também expulsou a primeira-dama, Grace Mugabe e nomeou o vice-presidente destituído Emmersno Mnangagwa seu candidato à Presidência em 2018. O Exército tomou esta semana o controle do país. Desde então, os veteranos de guerra da independência e a influente ala de jovens militantes do partido pediram a renúncia de Mugabe e sua mulher. O presidente, à frente do país há 37 anos, se encontrou novamente com os militares neste domingo.
— Robert Mugabe deve se demitir da presidência do Zimbábue e, se não fizer isso até segunda ao meio-dia, o presidente do Parlamento iniciará o procedimento de impeachment — declarou o porta-voz do Zanu-PF, Simon Khaye Moyo, depois da reunião de emergência do partido.
Após a decisão do partido, seus membros comemoram com músicas e danças o que parece ser o fim de uma era do governo autoritário de Mugabe. Num vídeo, o vice-presidente destituído Emmerson Mnangagwa aparece dançando com o líder da associação dos veteranos de guerra, Chris Mutsvangwa.
O Zanu-PF, até agora um aliado fiel de Mugabe, de 93 anos, afirma que o presidente deveria se "aposentar para descansar como homem de Estado idoso que é" desde que o Exército tomou o controle do país. Horas antes da reunião que decidiu o destino do presidente na legenda, o chefe da poderosa associação de veteranos de guerra, Chris Mutsvangwa, apoiou a renúncia do chefe de Estado e afirmou que o partido também expulsaria Grace como chefe da Liga Feminina.