Segundo a Rádio Okapi, estação emissora da missão da ONU na RDCongo, os confrontos registados nos últimos dez dias vitimaram 83 rebeldes e seis soldados das Forças Armadas congolesas, tendo as forças leais a Kinshasa capturado 90 milicianos e recuperado um grande número de armas.
As operações militares do exército congolês continuam nas áreas de Fizi e de Kabambare, na província vizinha de Maniema, onde se supõe que se encontra o líder rebelde, que terá conseguido escapar, ferido, a um ataque das forças regulares.
Segundo o general Philémon Yay, que dirige as operações do exército, as forças armadas congoleses conseguiram recuperar "quase todas as áreas sob controlo" dos Mai-Mai Uakutumba, incluindo a consta do lago Tanganica.
Citado pela Rádio Okapi, Yay indicou que entre os capturados se encontram vários comandantes dos rebeldes, bem como o chefe da Marinha dos Mai-Mai Yakutumba, Ekanda Saidi Dragila.
"Várias dezenas de combatentes rebeldes fugiram através da fronteira", acrescentou.
Criado em 2007, na sequência de uma cisão do grupo guerrilheiro Mai-Mai, os Mai-Mai Uakutumba, cujo nome acrescenta o apelido do fundador, são uma das várias alas em que o movimento rebelde se dividiu e que operam no leste da RDCongo.
A RDCongo está mergulhada num frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998/2003), que se estendeu a vários países vizinhos.