A UA "apelou à suspensão da proclamação dos resultados definitivos das eleições, após terem surgido sérias dúvidas sobre a conformidade dos resultados provisórios divulgados", sublinhou a UE, em comunicado.
No comunicado, Bruxelas destaca que uma delegação de chefes de Estado e o presidente da comissão da UA se deslocarão brevemente a Kinshasa.
A UE associa-se à União Africana "no convite a todos os atores congoleses para trabalhar construtivamente" com a delegação da UA de modo a que se chegue a um consenso pós-eleitoral "que respeite o voto do povo congolês e alcance o objetivo histórico da primeira alternância democrática no país.
Pelo menos 34 mortos, 59 feridos e 241 "detenções arbitrais" foram contabilizados na República Democrática do Congo (RDCongo) desde o anúncio dos resultados eleitorais provisórios, informou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
As eleições de 30 de dezembro, que deveriam ter ocorrido em 2016 e que foram adiadas dois anos pelo Presidente, Joseph Kabila, deram a vitória, segundo os resultados provisórios, ao líder da oposição, Félix Tshisekedi, seguido de outro candidato da oposição, Martin Fayulu, que denunciou a existência de fraude eleitoral.
O ato eleitoral ficou marcado por numerosas falhas técnicas e atrasos na abertura das assembleias de voto em locais dominados pela oposição.
Os resultados das eleições presidenciais de 30 de dezembro na RDCongo deram a vitória ao candidato da oposição Félix Tshisekedi, que conquistou 38,57%.
O outro candidato da oposição Martin Fayulu (coligação Lamuka) ficou em segundo lugar com 34,86% e contestou de imediato os resultados, denunciando o que considera ser um "golpe eleitoral".