O embaixador Luca Attanasio, de 46 anos, "morreu em consequência dos ferimentos", disse à agência AFP uma fonte diplomática em Kinshasa.
Neste ataque foram também mortas outras duas pessoas, de acordo com o porta-voz do exército na região do Kivu Norte, major Guillaume Djike, que não revelou a identidade das vítimas, embora várias fontes tenham adiantado que existam suspeitas de se tratar do condutor e do guarda-costas do embaixador.
Luca Attanasio, que desempenhava as funções de embaixador na República Democrática do Congo desde início de 2018, foi "baleado no abdómen" e transportado "em estado crítico" para um hospital em Goma, segundo disse à agência AFP uma fonte diplomática.
O exército congolês disse, entretanto, que "as Forças Armadas Congolesas estão a tentar descobrir quem são os agressores".
A morte do diplomata foi já confirmada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano.
"É com profunda tristeza que o Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma a morte, hoje em Goma, do embaixador italiano na República Democrática do Congo, Luca Attanasio, e de um soldado", refere-se num comunicado.
O ataque à caravana do PAM teve lugar a norte de Goma, a capital da província do Kivu Norte, que tem sido flagelada pela violência de grupos armados há mais de 25 anos.
Esta região, que acolhe o Parque Nacional da Virunga, uma joia natural, turística e em perigo de extinção, é também o cenário de conflito no Kivu Norte, onde dezenas de grupos armados lutam pelo controlo da riqueza do solo e subsolo.
Criado em 1925, o Parque Nacional de Virunga é Património Mundial da UNESCO. Estende-se por 7.769 km2, desde Goma até ao território de Beni, entre montanhas e florestas.
O parque é guardado por 689 guardas-florestais armados, dos quais pelo menos 200 foram mortos no cumprimento do seu dever, segundo os funcionários do parque.