Esta informação surge após uma versão inicial do porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, indicando que Jorge Bergoglio, de 86 anos, seria internado no hospital Gemelli hoje à tarde para realizar “alguns exames previamente marcados”, mas sem referir o motivo.
Outras fontes do Vaticano já tinham acrescentado que o Papa poderia passar alguns dias hospitalizado e que as suas audiências agendadas para quinta e sexta-feira haviam sido canceladas, mas que, no próximo domingo, tem prevista a missa de domingo de Ramos.
A imprensa italiana já tinha publicado que o Papa revelara, ao fim da manhã de hoje, “dificuldades respiratórias” e tinha sido transportado de ambulância para o hospital.
Por seu lado, o diário Corriere della Sera noticiou que o Papa fora hospitalizado devido a “problemas cardíacos e dificuldades respiratórias”, mas acrescentava que a situação “não é preocupante”.
Já Il Messaggero indicou que, após a sua tradicional audiência das quartas-feiras, Francisco apresentou dificuldades respiratórias “consideradas alarmantes pelos médicos do Vaticano”.
Contudo, a mais recente informação, fornecida pela agência de notícias italiana ANSA, refere que Francisco não tem qualquer problema cardíaco, que todos os exames marcados - que hoje concluiu - estavam relacionados com o aparelho respiratório e que o seu estado de saúde não inspira preocupação.
Expressando alívio, o seu gabinete já tinha divulgado que Francisco tinha feito uma Tomografia Axial Computorizada (TAC) ao tórax cujo resultado não se revelou preocupante.
O Papa removeu uma parte de um pulmão quando era jovem devido a uma infeção respiratória, o que explica a forma como fala, quase sussurrando.
O líder da Igreja Católica vai passar pelo menos esta noite no hospital Agostino Gemelli, encontrando-se a sua equipa de seguranças já no décimo piso, reservado para os Papas.
Fontes médicas precisaram que os níveis de oxigénio no sangue do Papa estão bem e que este fez os exames necessários para excluir problemas de saúde mais graves.
Numa entrevista recente à agência de notícias norte-americana Associated Press, Francisco revelou que tinha voltado a sofrer de diverticulite, o problema que o levara a submeter-se, em 2021, a uma intervenção cirúrgica em que lhe foi retirada uma parte do cólon, mas que estava bem de saúde.
Desde então, o seu único problema de saúde visível era no joelho direito, obrigando-o a deslocar-se de cadeira de rodas, tendo em diversas ocasiões afirmado que não quer ser operado, devido à reação negativa que teve à anestesia na cirurgia de 2021.
Francisco afirmou já que poderá abdicar do cargo, como fez o seu antecessor, Bento XVI, se o seu estado de saúde o impedir de continuar a fazer o seu trabalho.
Nesse sentido, o Papa revelou, em dezembro de 2022, que assinou uma carta de demissão para ser usada caso ele fique incapacitado de desempenhar as suas funções por motivos de saúde.