“Os golpes de Estado militares não são a solução, mas não podemos esquecer que antes, no Gabão, houve eleições cheias de irregularidades”, disse o chefe da diplomacia europeia, à entrada para uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, na cidade espanhola de Toledo.
Josep Borrell acrescentou que “há golpes de Estado militares e golpes de Estado institucionais”.
“Se eu altero as eleições para conquistar o poder, também isso é uma maneira irregular de chegar lá”, completou, aludindo à alegada fraude eleitoral que permitiu a perpetuação no poder do Presidente, Ali Bongo.
O alto-representante dos 27 para os Negócios Estrangeiros revelou que até hoje nenhum dos Estados-membros pediu ajuda para retirar cidadãos que estejam no país.
“A situação está calma, não há risco de uma escalada da violência que coloque em perigo os cerca de 10.000 cidadãos europeus que estão lá”, disse.
Participam na reunião presencialmente o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e o presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Omar Touray.
Portugal está representado na reunião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.