Na véspera das eleições angolanas que põem fim a um ciclo de governação de José Eduardo dos Santos que durou 38 anos, o Expresso entrevistou a especialista em Assuntos Africanos Ana Lúcia Sá. A mais que provável eleição do candidato do MPLA é “aguardada com grande expectativa”. João Lourenço é um “candidato consensual no interior” do partido, esperando-se que a sua eleição seja uma “janela de mudança na continuidade” que promova uma “abertura ao diálogo com os jovens descontentes, a sociedade civil angolana e o as diversas instituições políticas do país”
A coordenadora do mestrado em Estudos Africanos do ISCTE, Ana Lúcia Sá, disse hoje que não espera "surpresas" no resultado das eleições gerais angolanas, que deverão ser ganhas pelo MPLA, apesar de denúncias de viciação de resultados nas redes sociais.
Cerca de 1.300 eleitores de 15 assembleias de voto das províncias de Moxico, Luanda Norte e Benguela votam para as eleições gerais angolanas, realizadas na quarta-feira, apenas no sábado, divulgou hoje a Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
É aos angolanos que cabe definir os principais desafios que se colocam a Angola mas como membro de um partido solidário com a luta do povo angolano, primeiro contra o colonialismo português, depois em defesa da independência e pela edificação do seu Estado soberano adianto três questões a meu ver decisivas para o futuro de Angola.
Por Albano Nunes
Os angolanos manifestam-se hoje ansiosos com os resultados das eleições gerais realizadas na quarta-feira, que continuam por anunciar, pedindo lisura, transparência e um clima de normalidade e estabilidade para os próximos cinco anos.
A direção da coligação angolana CASA-CE, concorrente às eleições gerais do país, queixou-se hoje de casos de delegados de lista retirados das mesas de voto durante o escrutínio, mas a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) desconhece a situação.
Reduzida afluência de eleitores é o cenário que se verifica esta tarde em grande parte das assembleias de voto em Luanda, uma delas a número 674, que reclama ainda pouca logística e défice de delegados de lista.
As situações de eleitores que não estão a conseguir votar porque descobriram que as suas mesas de voto estão a grandes distâncias começam a ser denunciadas às dezenas nas redes sociais.
O presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), André da Silva Neto, apresentou, há instantes, um balanço das primeiras sete horas de votação nas eleições gerais, esclarecendo as falhas, verificadas em algumas assembleias de voto, sobre o acesso dos delegados de lista suplentes. Segundo o responsável, o incidente está ultrapassado.
Para travar essa veia repressiva, membros do MPLA que se posicionaram contra o actual Presidente, nomeadamente, Marcolino Moco, Irene Neto e Ambrósio Lukoki, deverão jogar um papel preponderante.
Por Sedrick de Carvalho\ Activista