O médico, não é um profissional qualquer, vejam, em Portugal, para fazer medicina é necessário ter uma média brilhante que venha catapultar o estudante para tal, nos Estados Unidos, o fenómeno é três vezes mais complexo, a medicina em Instituições privada é excessivamente cara na América. O curso de medicina dura 6 a 7 anos em qualquer parte do mundo, para se ser um clínico geral, ao passo que todos os outros cursos desde engenharia à Ciências jurídicas hoje são 4 anos de licenciatura, as especialidades médicas variam de 2 à 8 anos, dependendo da especialidade e sub – especialidades, assim, por exemplo, cirurgia geral são 2 ou 3 anos, medicina interna 2 ou três anos, ginecologia e obstetrícia são 3 anos, já neurocirurgia são 5 anos, cirurgia cardiotorácica ou cardiovascular são 6 à 7 anos dependendo dos países, cirurgia plástica são 2 anos de cirurgia geral mais 3 anos de sub – especialidade plástica ou reconstrutiva, medicina intensiva, são 2 anos de medicina interna mais 3 anos de medicina intensiva. Todavia, o médico, leva anos e anos para construir a sua identidade como médico, quase uma vida inteira, não é um processo fácil, e não se deve subestimar o nome médico para dar esse atributo a gente alheia ao necessário. O nome médico, é um nome de honra, que não se dá a quem queira, mas sim a quem merece.
Desde o início da profissão Médica, Hipócrates insinuava sistematicamente doutrinas da filosofia médica, segundo as quais, o médico permanece no zénite da humanidade, como ser mais exímio, mais patrício, como insigne figura da humanidade e do seu importante processo de continuidade enquanto espécie.
Os reflexos da luta de Hipócrates, fizeram do médico uma pessoa respeitada no mundo todo, em virtude de uma contumaz divulgação de valores que prestigiavam a pessoa do médico, alvitrando – o ao mais alto alcantil de manifestação de valores humanos entre qualquer humano que resida o universo.
E hoje em Angola, tem havido uma implacável investida a favor da decadência do valor médico, desarvorando as práticas tradicionais que exprimem a profissão médica, em especial no âmbito da fidalguia que sempre assumiu desde os primeiros passos que a humanidade soube dar.
Tem existido na consciência Angolana uma forte vontade em aniquilar o valor médico, despir o médico da nobreza que define importante tarefa como profissão inédita no âmago social, aliás, nenhuma profissão desde o início da humanidade até hoje, superou a medicina de Hipócrates, que prova a toda causa que ser médico é ser um homem de honra, de nobreza, é ser uma figura de importante relevo no cerne social.
Na maior parte dos países do mundo o valor do médico persiste, como nos EUA, que fazer medicina está reservada apenas a pessoas dotadas de mentes brilhantes, há estudantes com vitórias esplêndidas nos seus cursos básicos, outrossim, existem um conjunto de normas Norte Americanas para se fazer medicina como: currículo escolar/ de ensino superior; GPA (grade point Average), MCAT (Medical College Admission Test), bacharelado, voluntarismo, são regras que enceram em si um conjunto de obstáculos no que respeita o ingresso às Faculdades de Medicina Norte - Americanas.
Na Inglaterra para além do conjunto de critérios que visam enaltecer o ingresso às faculdade de Medicina, é obrigatório a realização de uma entrevista de vocação antes do ingresso, e esta entrevista constitui parte integrante da avaliação aos candidatos. O sistema educativo de Portugal apenas tem em consideração a média do ensino secundário (50%) com o resultado das provas de ingresso (50%) de Biologia e Geologia, Física, Química e Matemática.
O Curso de Medicina, que desde o tratado de Bolonha, deixou de ser uma Licenciatura passando actualmente a ser um Mestrado Integrado, mantém a duração de 6 anos lectivos obrigando agora à elaboração de uma dissertação que, ao ser apresentada no final do sexto ano, aufere o grau de Mestrado ao Curso de Medicina, nestes lugares encontra – se alto impacto em termos de valorização no que tange a formação da pessoa do medico, e este nome somente é atribuído a pessoas com o mérito para tal.
É nos médicos onde muitas das vezes reside a figura de morte e de vida do ser humano enquanto enfermo, e ser médico no mundo, é uma grande honra, só não aceita quem não quer.
Épocas mais idas, o médico angolana era visto como um pequeno deus, bem pago, e venerado por todos, pela ironia do destino, o hoje, tomou peso da evidência contrária. A despeito desta intrigante cultura actual nos suscita hoje o desenvolver de uma nova era, uma era pérfida, que não dá prestígio absoluto ao médico, como um profissional do mundo e para o mundo que merece dignidade e honra entre todos os humanos que habitam este cosmos.
Pelo valor tão excelso que exprime a pessoa do médico, surgiu a expressão de Dr, uma expressão que hoje se atribui também a quem faz doutoramento numa Universidade (PhD), que no passado exprimia a pessoa do médico, todavia, essa expressão não se perdeu, porque o médico é o único profissional que dá vida ou saúde ao ser humano. Razão mediante a qual, os médicos são chamados de Doutor em todo mundo, os médicos são os seres mais sublimes e deve – se primar de forma acérrima pela manutenção do valor da pessoa do médico seja onde quer que seja.
O médico faz aquilo que somente o Criador, Ente – enquanto – Ente faz: “a missão de salvar vidas e dar vidas”, de então ser médico é ser um salvador de vidas humanas, ser o ápice da sociedade, seja onde quer que seja.
O médico, é a alma que encarna a continuidade da saúde na terra na graça de Deus, Ente – enquanto – Ente, o altíssimo!
Ser médico, não é uma profissão qualquer!
BEM – HAJA!