Isaías Samakuva, que fez esta apreciação durante um encontro com quadros do partido na Huíla, reagia assim ao posicionamento do antigo Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, que de-fendeu o “gradualismo” territorial nas eleições autárquicas em Angola, durante um seminário promovido em Luanda pela Universidade Católica de Angola.
Segundo Isaías Samakuva, o gradualismo deve ser aplicado, tendo em conta o espírito da Constituição da República, que, na sua óptica, estabelece a realização das eleições autárquicas em todos os mu-nicípios do país.
“Devemos evitar o ‘gradualismo’ que está a ser adoptado pelos nossos adversários. As autarquias devem ser realizadas conforme consagra a Constituição”, defendeu Isaías Samakuva.
O líder da oposição quer que as autarquias sejam implementadas ao mesmo tempo em todos os municípios, admitindo, contudo, que em alguns municípios a transferência das competências do órgão central para o local seja feito de forma gradual (gradualismo funcional).O Namibe foi a segunda etapa de um périplo que o presidente da UNITA efectuou à região Sul do país (Huíla, Namibe e Cunene), onde esclareceu aos militantes, amigos e simpatizantes o posicionamento do partido sobre a implementação das autarquias, prevista para 2020.