A informação consta de um comunicado disponibilizado à Lusa por aquele órgão, a propósito das investigações em curso no país e após reunião realizada na quinta-feira, em Berna, entre o procurador-geral da República de Angola, general Hélder Pitta Gróz, e o homólogo suíço, Michael Lauber.
Em causa, está uma investigação iniciada em Abril na sequência de denúncias de que os activos detidos pelo BNA e pelo Fundo Soberano de Angola no país, estariam a ser desviados.
As suspeitas desencadearam várias buscas no passado mês de Maio, adiantam os investigadores suíços, que, nessa altura, passaram a pente fino as instalações da Quantum Global, empresa presidida por Jean-Claude Bastos de Morais, o antigo homem-forte de José Filomeno dos Santos, "Zénu", na gestão do Fundo Soberano.
Embora as diligências continuem em curso, o gabinete do Procurador-Geral da Suíça indica que dos 210 milhões de dólares congelados no âmbito da investigação, 60 milhões afectos ao Fundo Soberano já foram libertados.
O descongelamento dessa verba, esclarece o OAG, decorre do facto de as autoridades terem excluído a possibilidade de esse valor poder vir a ser utilizado por terceiros, não autorizados para o efeito.
A notícia surge depois do encontro entre o Procurador-geral da República de Angola, Hélder Pitta-Gróz, e o seu homólogo suíço, Michael Lauber, realizado esta semana, para preparação da assinatura de um protocolo de cooperação em matéria penal.
A investigação suíça envolvendo activos do Fundo Soberano e do BNA sucede a investigações no Reino Unido e nas Maurícias, também traduzidas no congelamento de milhões de dólares.