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A hora do à Deus de um patriota que moveu – se à herói

Post by: 21 Agosto, 2018

O modelo dos Santos como pilar central na construção do sentido estado – nação angolana, está ali, transparente como a água, à vista de todos nós. À mercê de teorias geoestratégicas, o Excelentíssimo Senhor Eng. JES se constituiu na estrutura central para iluminar projectos políticos que permitiram o abrir de portas para a paz definitiva.

Por João Henrique Hungulo

Um de seus grandes exemplos de patriotismo é o clássico exemplo deixado para a Pátria em 2016, ao renunciar a coisa política e ter dito que em 2018 iria deixar a vida política activa, mostrava ao mundo o seu grande exemplo de homem de valor incomparável.

Do sambizanga, um bairro simples, nasceu um grande herói, num lugar que nunca se sonhara que viria nascer um patriota de grandeza imensa, foi nesta modesta vida do distante tempo colonial, que o sangue do heroísmo começou à crescer – lhe na alma, JES preparava – se à dispor da pátria e a luta contra a segregação colonial, forjando – se na sua simplicidade, pafafraseando Gadhi “A humildade faz grandes homens”.

Depois da independência em 75 do distante século XX, foi – lhe confiado o papel de Ministro das Relações Exteriores. Ainda como ministro, mostrou – se forte na disciplina, servindo – se na simplicidade — era sempre o primeiro a colocar os pés na sede do Ministério das Relações Exteriores. Nascia ali, um grande patriota, que o tempo teve medo de acreditar no seu futuro, como disse Paulo Coelho “As coisas mais simples da vida são as mais extraordinárias, e só os sábios conseguem vê – las.

A morte que levou o presidente Neto veio à sabor súbito, que à ninguém competia prever tal desiderato, o País, era – lhe forçado à conhecer dias de difícil auscultação sobre quem o suceder, ao 10 de Setembro de 1979 era realizada a transição política do Exc. Ex – Presidente Neto ao Exc. Ex – Pr Eng. JES — parafraseando o “Grande Patriota — Exc. Sr. Ex – Pr. Eng. José Eduardo dos Santos:

“Não é uma substituição fácil, nem tão pouco me parece uma substituição possível, é apenas uma substituição necessária”.

José Eduardo dos Santos teve quase que uma missão profética, ao comparar o acto celebrado por Moisés no mar vermelho, Moisés bateu a varra sobre as águas e passou à seco, um acto impossível tomou rosto dos contornos de um tempo milagroso outrora [“Não é uma substituição fácil, nem tão pouco me parece uma substituição possível, é apenas uma substituição necessária”] (…).— Um jovem assumia a direcção de maquisards de vanguarda, homens de magna dimensão política e nacionalista, um jovem, era – lhe dado o dever mais elevado de uma nação mergulhada num caos caliginoso.

Aos 37 anos, o Exc. Senhor Ex – Pr JES deu os primeiros passos para erguer uma nação à par de sua liderança patriótica, fiel à tudo quanto era deixado pelo saudoso Presidente Dr. Neto como diz o adágio Judaico “Impor a disciplina a si mesmo é uma das grandes vitórias do homem, contra si mesmo.” 

Um homem discreto que se pouco acreditava ser o que foi, fez história em Angola, um jovem de apenas 37 anos, colocava – se sobre a cadeira mais elevada desta nação, um homem licenciado em engenharia de petróleos, na capital do Azerbaijão, Baku, veio à pátria à construção de uma longa e sinuosa caminhada, rompendo inéditas barreiras, de solidez profunda, foi vergando dificuldades aos seus pés, e pisou por cima das barreiras fazendo – as de muletas para atingir a angústia imposta pelos conflitos bárbaros das armas.

Depois de inúmeros anos de guerra, a tão propagada batalha de Cuito Cuanavale — media – lhe mais uma vez a paciência de leão, não lhe era fácil, conduzir uma guerra que lhe fugia o corpo, perante a aparente superioridade do exército invasor da África do Sul.

Foi às mãos desse grande herói que veio engendrada uma nação mergulhada no abismo sórdido da guerra. Nasceu um País que fez – se grande no tamanho de um mundo novo de lutas e revoluções, a esperança já era uma luz a resplandecer o rosto do angolano, depois de séculos de terror e guerras, em que aldeias eram substituídas por cemitérios, hospitais destruídos, escolas queimadas, fazendas às cinzas, cidades completamente carbonizadas, viúvas aos montes, mutilados faziam as sobras, o óbito se tornara no modus operandi de Angola de um passado obscuro, (…). Em 1990  — chegava ao País a hora da alegria vinda à uma longa escala feita à muletas, os angolanos sentiam as cicatrizes a saírem sobre feridas de uma guerra cujo cheiro já os causava náuseas aos excessos (…). Sonharam, jejuaram, oraram, cantaram, mas a milagrosa paz nunca mais descia dos céus para aterrar ao chão do País, estando sempre numa realização impossível, como disse Hitler no fim da segunda guerra mundial “Estamos à lutar contra o impossível”.

         Os sonhos de um País que desde 1975 somente conhecia o cântico das armas, parecia chegar à realidade em 1991. Mas a guerra traga como um colosso terrível fez – no novamente vítima de azar, era um aperto de mão de Savimbi feito numa falsa paz, ele mesmo dizia —  essa paz é para os políticos e não para os militares  — A Nação da guerra levantou seu tom em ecos barulhentos, novamente às armas voltaram aos cânticos, o País ficou atacado pela miserável guerra como javalis atacam cães numa floresta. Savimbi já não sentia mais o ciso no lugar, e arrastou o gatilho para à guerra, o retorno às matas era – lhe imperativo, e desfrutava da guerra como nas bodas de Revellon, como escreveuWinston Churchill “A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes”. Savimbi parecia morrer sempre na política e é a guerra que servia – lhe de consolo.

Contra um acto democrático se recusava à aceitar eleições reconhecidas como livres e justas como disse a medianeira de paz em Angola 1992Margaret Anstee “(…) as eleições em Angola foram livres e justas”, o orgulho pelo poder imediato, não lhe permitio colocar a razão sobre a calma como escreveu Augusto Cury “As sociedades modernas vivem tempos insanos, a serenidade é um artigo de luxo”. Savimbi volveu – se para à barbárie das armas, contradizendo na rebeldia à convivência civilizada com os valores democráticos, e instituiu a guerra como recurso para o alcance do poder obrigatório e forçado. Como diz Clausewitz a guerra é um acto de violência para levar o inimigo a fazer a nossa vontade. Assim, diz o autor, a violência, ou seja, a força física (...) é, pois, o meio; a submissão compulsória do inimigo à nossa vontade é o objectivo último. Savimbi dexou – se emboscar pela ânsia desmedida ao poder, ficou orgulhoso e só queria guerra e mais nada, como escreveu Rousseau “o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe” que está cristalizada no seu Contrato Social. A essa ideia ele acrescenta outra: “o homem nasce livre e por toda parte se encontra acorrentado”.

Se, na ruptura promovida por Savimbi, é mais ou menos inevitável e clara a necessidade de utilização da violência como recurso para chegar ao poder, pode – se afirmar que esse é um sentido pouco racional para a diplomacia política onde o povo é o elemento chave do poder, como diz a carta magna angolan:

“A soberania una e indivisível pertence ao povo, que a exerce através do surfrágio universal, livre, igual, directo, secreto e periódico, do referendo e das demais formas estabelecidas pela Constituição, nomeadamente para a escolha dos seus representantes”.

Para Savimbi, a soberania somente à ele pertencia, porque o líder ordena o que quer atingir através da violência fazendo das recomendações maquiavélicas suas fies conselheiras reveladas na violência como Hungulo escreveu “ Maquiavel representa, melhor que ninguém, o rompimento do modo medieval de ver a política contra a expressão da ética. Ele arranca máscaras. Mostra como de facto agiam, agem e devem agir os que desejam conquistar o poder ou simplesmente mantê-lo com a violência […]”, a violência tornou – se na amiga fiel de Jonas, o homem filho de um Pastor, nem servo sequer de um Kimbanda parecia, porque era tão bárbaro que não lhe cabia da a honra de um filho de sacerdote.

A violência é sempre capaz de ser respondida com violência, e numa guerra, há medição de forças que se propagam para anos, e a diplomacia, é sempre imposta como solução, raramente a guerra é solução da guerra (…) No caso angolano, a guerra imposta como solução, foi de facto, um acto inédito, como Kant declara expressamente que a guerra faz as vezes de um processo, e não as de uma pena por não ser nenhum povo superior ao outro. Por isso as guerras perduram anos, e é quase sempre na diplomacia onde esteve a solução.

A solução tradicional para se encontrar o ponto de apoio na guerra, não tem qualquer argumento racional sustentado por Savimbi, por manter a remissão de princípio bárbaros que destroem a terra e os homens, em benefíco do egoísmo e o orgulho pelo poder. Da guerra não se tem garantia a estabilidade de nenhuma estrutura política, porque esta rompe – se contra tudo que já foi edificado e deixa tudo de rastos. Quem coloca a guerra como medida para o poder, já encontra nesta um preço para além do poder sem nunca poder alcançá - lo. 

Savimbi em 1993 veio com toda a força de leão, e, conseguira obter cerca de 75% da esfera angolana, empurrando as forças do governo angolano para um canto apertado, os diamantes de sangue, conseguiram colocá – lo para além, o homem das matas — vergado em manipular armas, gabava – se ter armas letais e tanques de guerras imbatíveis, cogitando em migues, cujo sujeito fabricador era a Ucránai, (…). Savimbi negava a paz, e lhe parecia ser um ente desnecessário, parecia agir mais à mando dos extintos violentos que da razão, como escreveu Dalai Lama “A violência não é um sinal de força, a violência é um sinal de fraqueza”.

O Presidente da República face à tão exaustiva preocupação da nação, chamou para si todos os meios pensantes para colocar fim ao caos construído por Savimbi — cujo acto veio à sala da solução no distante quartel do ano 1998, seu filho Dezembro, o que colocou fim à uma guerra imposta pelas tropas de Jonas Savimbi, depois destas terem sido armadas por mercenários ucranianos, outrora, por mercenários Sul – africanos, nesta era, a história vestia uma saia diferente e passou a exibir na passarela do calvário com modelos ucranianos, os verdadeiros mercenários que faziam movimentação de tanques de guerra, e material bélico de pesado poder.

O retorno no clube de mercenários para as suas terras, ficou marcado por um interregno à um processo de ligeira paz que foi de 1995 à 1999. As portas dos conflitos armados não se mantiveram fechadas. O salão do baile das armas, abriu as suas bodas, acenderam novamente as luzes da metralhadora e abriram o som dos canhões ao longo do último quarteto do ano 99, no distante século XX, porém, mais forte que nunca, veio o ser o cântico das armas, só que, as sanções impostas contra a UNITA, que teimava investir no poder das armas como solução para o poder, eram fortes e letais.

As Nações Unidas atacaram a UNITA que pensava ser invencível, e a isolaram como uma ilha, através da Resolução n.º 1173 (1998) e o Regulamento (CE) n.º 1705/98:

“Com efeito, através da Resolução n.º 1173 (1998), relativa à situação em Angola e adoptada por unanimidade, o Conselho de Segurança, no exercício das suas competências em sede de manutenção da paz e da segurança internacionais, determinou a imposição de sanções contra a UNITA, face o não cumprimento por este movimento das suas obrigações decorrentes dos Acordos de Paz (1991), do Protocolo de Lusaka (1994) e das resoluções pertinentes do Conselho de Segurança. Mediante o Aviso n.º 161/98, foi tornado público, no quadro do ordenamento jurídico português, ter o Conselho de Segurança adoptado essa resolução. Para o que releva nos presentes autos, o órgão onusino com a principal responsabilidade em matéria de paz e segurança internacionais, agindo ao abrigo do Capítulo VII da Carta das Nações Unidas (CNU), impôs à UNITA as restrições financeiras constantes do 11.º parágrafo operativo da resolução, nos termos do qual decidiu «que todos os Estados, à excepção de Angola, nos quais existam fundos e recursos financeiros, incluindo quaisquer fundos provenientes ou gerados por bens pertencentes à UNITA, enquanto organização, ou a dirigentes superiores da UNITA ou membros adultos das suas famílias mais próximas, designados no parágrafo da Resolução n.º 1127 (1997), deverão exigir que todas as pessoas e entidades que, nos seus próprios territórios, detenham tais fundos e reservas financeiras os congelem e garantam que não serão disponibilizados, directa ou indirectamente, à UNITA, enquanto organização, ou em seu benefício ou a dirigentes superiores da UNITA ou membros adultos das suas famílias mais próximas, designados no parágrafo 11 da Resolução n.º 1127 (1997)». De referir que, através da Circular n.º 12, de 22 de Julho de 1998, do Conselho Directivo do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), a entidade pública com poderes de supervisão da actividade seguradora informou, para os devidos efeitos, que tinham entrado em vigor em 1 de Julho de 1998 as medidas previstas no citado parágrafo da resolução onusina, transcrevendo-o na parte relevante. Por outro lado, em virtude da dimensão económico-financeira inerente às sanções impostas contra a UNITA e, por conseguinte, da sua pertinência com as políticas definidas no Tratado que institui a Comunidade Europeia (Tratado CE), afigurou-se necessária uma acção da Comunidade Europeia, concretizada na adopção de legislação comunitária para aplicar as medidas restritivas, decididas pelo Conselho de Segurança, no território dos Estados membros da Comunidade. Nestes termos, foi adoptado o supracitado Regulamento (CE) n.º 1705/98, relativo à interrupção de certas relações económicas com Angola para induzir a UNITA a cumprir as suas obrigações no processo de paz”.

Essas sanções saíram a feitos de balas na culatra da UNITA, o que colocou – a, deitada nos seus próprios vómitos do fracasso, lhe restava apenas a indolência e o desfalecimento, não lhe serviam mais para dar por continuado o passo da violência, sempre proclamado como solução aos problemas por resolver, cujo alvo era a cadeira da cidade alta pela força, como faz recordar Savimbi “Menogue é o ponto de partida – Luanda o ponto de chegada”.

Sob intensas sanções pela ONU impostas, se juntava Israel, com seu aparato físico de contra - inteligência, agora à luz do grande arsenal tecnológico feito à radar e computadores inteligentes da Mossad, uma das mais temíveis agência internacional de inteligência (…).

Em Savimbi, não lhe fugiram os nervos, neste prisma, os horrores na distância continuavam com a sede de demónios famintos, que se pareciam à vampiros nocturnos, saltavam – lhes da alma e alugavam os factos, o que terá levado – o à cometer um grande genocídio, que lesou a humanidade toda, feito na tarde de 10 de Agosto de 2001, como plasma a narrativa:

Um comboio que fazia a ligação entre Luanda e Dondo, na província do Cuanza Norte, accionou uma mina nos arredores da localidade de Zenza do Itombe, o que provocou o seu descarrilamento parcial e o incêndio do combustível que transportava.Segundo testemunhos de sobreviventes, imediatamente depois da imobilização do comboio, surgiu um grupo de homens armados que disparou indiscriminadamente sobre os passageiros. O último balanço oficial referia na existência de 260 mortos e mais de uma centena e meia de feridos, mas admite-se que o número real de vítimas possa ser superior devido ao facto de, pelo menos, uma das carruagens ter ficado totalmente carbonizada com a maior parte dos passageiros”.

A condenação do acto levantou impetuosas repúdios universais. Na orla internacional saltavam vozes exaltadas, a pedir justiça imediata contra o acto desdenhoso e desumano, não se calavam nunca a impor o aperto de sanções contra os terroristas. Um acto que lesa a humanidade chegou a desdenhar Savimbi, pondo – o na escala de temíveis terroristas mundiais (…), mantendo por esperada as grades de Haia - no Tribunal Penal Internacional, manifestado num acto de natureza bárbara e desumana que chamava em julgamento à Savimbi aos crimes hediondos contra a humanidade. Movimentando - se assim, reflexões no mundo todo. Contra o qual se levantaram todas as forças do universo, somando esforços humanistas para colocar fim na guerra de Angola –, onde um verdadeiro bárbaro – homem do mal, parecendo – se à um verdadeiro demónio na terra, que mata civis indefesos sem amor nenhum, não era mais a pátria nem a nação que defendia, era o egoísmo e o orgulho de chegar ao poder que transformaram sua pessoa numa vontade obsessiva e perigosa à nação, que sacrificava vidas à bem das aspirações odiosas plasmada na tendência pelo poder político — o líder calojado, perdia por completa a cabeça, e a sorte de chegar à presidência lhe fugiu cada vez mais às mãos. Era a agressividade quem tudo substituía à razão, era – lhe alheia a lógica, tornou – se num escravo de uma brutalidade letal, que não poupava à ninguém, matava à todos, varria tudo que se chamava vida, não fez exemplos de Kant segundo o qual "A razão governa o mundo". 

Os EUA, seus amigos do passado, deram - o as costas, e reagiram com fogosidade imediata, o terror perpetrado por Savimbi, chamava o diabo ao caminho, — o fim ditava – se próximo à si e à tudo quanto fazia, parecia ser seguido por vultos, inimigos à todo lado, era fim que estava às preitas, ninguém mais o queria ao lado. Os seus se rendiam ao governo e desistia desestabilizados. 

Foi preciso passarem mais quatro anos para que a sua maquinaria malvada conhecer o seu fim último, ficando aos rastos ao distante dia 22 de Fevereiro de 2002, Savimbi acabara por deixar – se morrer no desgosto de tanto ambicionar o poder, e nunca lá chegar, era a emboscada sem saída que lhe fizera uma vítima acertada com tiro no peito e na cabeça. Antes de ser emboscado, seu braço armado mais importante na pessoa de Big Jo tinha sido carbonizado por completo, somente se lhe restavam as moscas. Tombava assim, o homem de guerra, que tanta ambição carregou ao longo de mais de 30 anos para atingir o poder, e acabou lutando até o último dia sem nunca lá chegar, o seu fim triste, trouxe ao país, o saldo da paz efectiva e duradoura, a alegria e a evolução de nação. 

A UNITA apavorada pelo mal que semeou, a morte lhe seguia à sombra, era na altura a voz do Santo - Presidente Angolano, quem os recatou de um processo que culminaria por caça à homem, vitimando à todos: “Nem mais um tiro, temos de preservar os homens vivos e negociar a paz”. Como faz recordar um escritor que se preferiu no anonimato revelar no seu pensamento:

“Uma vez perguntaram a um grande líder humanista, o que é o amor? E ele respondeu — é a única força capaz de transformar o inimigo em amigo”.

Ao 22 de Abril, o País rendia – se de joelho ao cintilar de luzes da paz duradoura e definitiva, o passado edificado em raízes de profundeza desgraça, imposta por Savimbi, encontrara um fim último na morte. Neste prisma, o grande patriota - JES, moveu – se no ânimo e disse: “Vamos transformar Angola num canteiro de obras — o futuro começa agora”

Os que da história desconhecem, desrespeitam os frutos de sue inédito patriotismo, mas, sabe – se, que sem este grande patriota, sem este valente herói, Angola seria um zero à esquerda da vírgula.

José Eduardo dos Santos, não apenas, impôs um vasto projecto de reconstrução do País, como também moveu o País à reconciliação nacional, a unidade de todos, de Cabinda ao Cunene e do mar ao Leste, apagando as lágrimas do passado, e sepultando as dores calcinadas de um passado enfermo. Torna – se nessa era, num Mandela para Angola, o amor de seu povo — era expresso no sorriso do rosto de todos os angolanos reconciliados e reencontrados na felicidade unânime.

Hoje muitos se esqueceram desse trágico passado, e movem – se para o desprezo de tão elevada personalidade de saliência patriótica.

Seu humanismo era um facto expresso na acomodação aos descendentes do Mano Mais Velho — o homem que somente amava cartucheiras e balas, alérgico à paz, não lhe restava saída senão às armas. José Eduardo dos Santos chamou os quadros da UNITA à participação pública sobre a política nacional.

O Exc. Patriota, lhe coube atravessar as fronteira do nacionalismo para cair nas mãos do heroísmo, a pátria - ergueu – se à defesa de África – Austral, se o patriotismo é um sentimento afecto à pátria vinculado ao amor de um cidadão à esta, cuja sensação exprime à relevância da terra onde o indivíduo nasceu, da cultura, da história, ligado ao orgulho do indivíduo à pátria, a qual a defende até as últimas consequências (…). O heroísmo ultrapassa tudo isso, vai da Pátria à Nação e destas duas ao irrealizável pelo ser humano (…). O herói é uma personagem real que faz exemplo para a história, tornando – se numa personagem invulgar, cujos feitos são demasiados grandes para serem tratados de humanos, os seus feitos acontecem há cada século uma única vez, e os patriotas vêm à par da patria em todas os momentos de dificuldade da nação (…). O herói chega lá onde nenhum humano o faz debalde, um herói, é de facto, em última análise diluído pela lenda dourada da história transportando – se à natureza objectiva popular, num ente de louvor único e excepcional, que tem uma dimensão de grandeza à par da excepção entre grandes e pequenos, guerreiros inéditos e lendários.

 O patriotismo do Exc. Sr. Ex - JES foi um acto único, que se revelou na virtuosa forma de defender de forma incondicional a Pátria, foi para além de tudo, manifestou – se nas reacções de orgulho sentimental encontrado em inúmeras virtudes, como a gratidão, a humildade e o altruísmo à Angola. O patriota JES, não exerceu seu amor e devoção à pátria em detrimento de outras nações, o patriota JES, não precisou desqualificar África – Austral ou hostes inimigas que até traíram a Pátria e cometeram crimes hediondos que lesa a humanidade, o Patriota JES não preferiu à exaltar as qualidades de seu país, se preocupou muito com o que o seu povo deve à humanidade — a independência da Namíbia, África do Sul e Zimbábue. O verdadeiro patriotismo do Exc. Sr. Ex - JES foi um amor à terra Angola — onde nasceu, feito de maneira afectiva, longe da soberba humana.

Colocou – se à dispor de tudo para salvar a pátria, estava firme e corajoso como no início, o Eng. dos Santos fez exemplo de patriotismo inusitado, e moveu – se ao heroísmo, recapitulando o filme de Benjamin Martin, O Patriota”onde o sujeito actor, se tornou num herói forjado na violência em defesa da pátria, contra hostes inimigas, o qual sai através de si uma energia do patriotismo imposta nos conflitos entre os Estados Unidos e os britânicos. Na condição de um homem, cuja mulher já perdera a vida há anos, tendo – o deixado na solidão, agarrou – se ao socorro dos sete filhos que o deixaram, desde este desastre, Bejamin preferiu renunciar a luta e viver só numa fazenda na companhia de sua família. Todavia, os cânticos das flechas não o deixaram na sombra da felicidade, no entanto, em 1775 deu – se por iniciada uma luta armada que daria a independência política aos Estados Unidos, nisso foi lhe convocado à impor o seu patriotismo em palco, nesta sorte, ele preferiu renunciar tal convite. Todavia, os horrores militares sobreviveram – lhe às portas, como salteadores que surpreendem suas vítimas, nesta sorte, o exército britânico invadiu sua fazenda e tomou por vítima mortal um de seus filhos, neste ângulo, o patriotismo de Bejamin veio – lhe à tona, entregando – se de corpo e alma para vingar a morte do filho. No decorrer dos combates, a guerra se torna mais do que uma vingança para ele, torna-se num dever patriótico. Se no filme do patriota Bejamin somente se destaca para vingar a morte da filha, na questão angolana, o Presidente dos Santos foi mais do que um patriota, e tornou – se num verdadeiro herói da história, não se vingou à nada, somente se sacrificou para à independência de Angola e para a realização dos deveres mais elevados clamados pela pátria, passou do patriotismo e moveu – se para a alma de um herói incontestável na história angolana e de África - Austral, defendeu de corpo e alma o País, até ao limite do impossível.

São nestas recordações que movem corações, uns de alegrias, outros de tristeza, que lágrimas percorrerão os olhos de seus admiradores —daqueles que viram um homem à colocar – se em frente de tudo que era impossível para a nação, a servir – lhe de balança e de remédio para a medida de todas as contradições da época, um homem de magna dimensão ontológica, dá o seu ultimato na política, e vai às costas dela reservado à passividade. Um homem de abnegado engajo, que entregou – se de corpo e alma, foi até ao limite do impossível, servindo de maneira irrecusável aos fins da Pátria, parafraseando Benjamin Franklin “Onde mora a liberdade, ali está a minha pátria”

Como escreveu Dom Pedro “Aqui têm a minha abdicação. Estimarei que felizes. Retiro – me da política e deixo um País que sempre amei e que amo cada vez mais”. Chegou a hora de um grande patriota, deixar o mundo político e ir descansar, grande estadista —  de craveira incomparável no panorama nacional angolano — deixa a Política e vai viver do que lhe resta de tempo, tendo dado tudo que tinha de juventude e vida para a Nação, — chega – se a hora do à Deus, parafraseando Angel “Quem se vai, não vai embora para sempre, ficam as suas marcas para a Pátria na qual lutou toda sua vida, o calor do último abraço, o cheiro, o som da sua voz, as lembranças boas que deixa para a nação, as saudades dos seus bons feitos se eternizarão na história”. Mas é o destino que induz tudo ao princípio e ao seu fim, parafraseando o Exc. Eng. dos Santos “Tudo que começa tem um fim”.

À Deus Cda PR JES —  grande patriota, os seus feitos ficarão eternizados nos anais da história, suas marcas deixarão cicatrizes que jamais se apagarão no coração dos angolanos (…). Temos – lhe uma dívida de pesado valor, que ninguém saberá pagá – la, somente Deus tem o poder para o fazer!
Que Deus rica e poderosamente lhe sirva de mão para iluminar os seus dias no rítmo da confraria familiar.
Last modified on Sábado, 01 Dezembro 2018 13:50

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