O jurista disse que tem a difícil missão de convencer militantes do MPLA a votarem no partido fundado por Jonas Savimbi.
Questionado sobre as razões que o levaram a candidatar-se a deputado pela lista da UNITA, respondeu: “Primeiro sou angolano. Segundo quero influência no voto, para que de uma vez por todas este regime caia. Estamos fartos. Já não podemos mais, com o regime corrupto. Sei que isto não vai sair, mas você pelo menos vai ficar com a consciência de que este regime é corrupto e tem de cair”, disse.
O jurista referiu que já começou a trabalhar há algum tempo na difícil missão a que se propôs. “Estou a trabalhar com as pessoas ligadas ao MPLA e a influenciá-las para não votarem no MPLA”, disse.
David Mendes falou quinta feira em Luanda, à margem do acto de apresentação da “Agenda da Mudança- Angola 2030” da UNITA. O activista considerou o partido UNITA amadurecido e que em determinados momentos ficou surpreso com as ideias que Isaías Samakuva apresentou. “É um programa não para uma legislatura, mas muito mais futurista, que obrigaria o entendimento com outras forças políticas. Eu achei isso muito importante”, disse.
O jurista e advogado disse que se a UNITA vencer as eleições, vai contribuir para a reforma do sector da Justiça. “A UNITA tem que prestar atenção à reforma da Justiça. Acho que não pode haver um Estado democrático e nem de direito com o sistema de justiça que temos actualmente. Temos um sistema de Justiça corrompido”, disse.
David Mendes apontou também as políticas de combate à pobreza apresentadas pela UNITA como sendo as mais correctas para o país. O candidato a deputado apontou como exemplo, a proposta de salário mínimo da UNITA, fixada em 500 dólares norte americanos e das prioridades nos domínios da Agricultura.
ANGOP