×

Aviso

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 800

As dificuldades econômicas expõem os jovens angolanos a mão-de-obra barata na Namíbia

Post by: 19 Junho, 2017

As dificuldades econômicas em Angola forçam muitos jovens a ignorar a fronteira com a Namíbia em busca de melhores condições.

A maioria termina como pastores de gado, enquanto outros viajam até Windhoek, a capital da Namíbia, para procurar oportunidades.

Mas, em vez de melhores condições, os adolescentes angolanos se tornaram vítimas do tráfico de seres humanos, sendo a maioria explorada como vendedora de rua em grandes cidades como Windhoek, uma prática ilegal.

Segundo o jornal sul-africano The Southern Times, a Polícia namibiana deteve, só na semana passada, mais de 20 jovens angolanos, no âmbito de uma operação de combate à venda ambulante ilegal, realizada em Katutura, nos subúrbios da capital.

"Alguns desses vendedores transformaram-se num perigo para os automobilistas, porque são uma séria obstrução [à circulação]", justificou o superintendente da Polícia local, Gerry Shikesho, citado pelo The Southern Times.

Apesar de reconhecerem que os casos estão associados a suspeitas de tráfico de seres humanos, as autoridades locais admitem não terem provas suficientes do crime.

"Há denúncias da população de namibianos a traficar jovens angolanos para exploração em serviços domésticos, prostituição e outras actividades. Mas sem provas, trata-se apenas de alegações", considera o relações públicas da Polícia namibiana, vice-comissário Edwin Kanguatjivi.

Para além de um fluxo elevado de jovens angolanos no país, as autoridades namibianas relatam a presença de menores angolanos desacompanhados e sem documentos, apanhados a mendigar ou, tal como os mais velhos, a vender produtos nas ruas.

Recorde-se que no início de Fevereiro deste ano, a Polícia Nacional impediu o tráfico de 38 angolanos para trabalhos forçados na Namíbia a partir do Cunene.

Nesta mesma província, e também em Fevereiro, um namibiano foi apanhado a transportar 15 angolanos para a Namíbia, onde os tencionava "vender" para trabalhos agrícolas.

"Pretendia comercializá-los em algumas fazendas namibianas ao preço de 100 dólares namibianos [cerca de 1.200 kwanzas] por cada pessoa", indicou na altura fonte do Ministério do Interior, citada pela agência Lusa.

VAO | NJ

Last modified on Terça, 20 Junho 2017 10:37
- --