O segundo partido mais votado nas eleições gerais de 23 de Agosto, com 26,67% dos votos, correspondentes a 51 deputados, decidiu não optar pela chamada "política da cadeira vazia".
Após vários dias de especulação, de que a UNITA não iria assumir os seus assentos parlamentares, o presidente dos "Maninhos", Isaías Samakuva, anunciou que o maior partido da oposição vai continuar a sua luta política na Assembleia Nacional (AN).
"Aceitemos que os nossos deputados sigam para a AN", apelou o líder do "Galo Negro, dirigindo-se aos militantes que, hoje, marcaram presença no Complexo SOVSMO, em Viana, para conhecer a resposta da UNITA à decisão do Tribunal Constitucional de não aceitar os recurso para impugnação dos resultados eleitorais.
"Se quisermos que a democracia seja efectiva, temos de continuar no leme, conduzindo o processo da sua efectivação", defendeu Samakuva, insistindo na ideia de que a decisão de ocupar os lugares parlamentares é a que melhor serve os interesses de Angola e dos angolanos.
"Vamos permitir que os outros estejam sozinhos na Assembleia Nacional e façam o que entenderem? Que transformem ilegalidades em leis que nos penalizem?", questionou o dirigente, apelando a reflexão dos militantes, sobretudo dos que vêm defendendo um combate político nas ruas.
Isaías Samakuva acrescentou que apesar de algumas pessoas limitarem a presença na Assembleia Nacional aos carros Lexus e à boa vida, os deputados da UNITA assumem o compromisso de lutar pela melhoria da vida do eleitorado.
"Temos de o fazer com a inteligência e é na Assembleia Nacional que esse combate deve ser feito", reiterou o presidente do "Galo Negro"
NJ