Abel Chivukuvuku classificou o Bloco Democrático como sendo um "bom partido", pelo facto de este pretender concorrer às eleições de 23 de agosto como quinta força da coligação.
"A CASA-CE é o fenómeno político do presente, a CASA vai ser o governo de Angola a partir de agosto e todos os bons juntam-se aos bons", disse.
O presidente da segunda força política da oposição angolana fez hoje esta afirmação, quando questionado pela imprensa sobre a decisão do Bloco Democrático pretender juntar-se à CASA-CE, durante a marcha denominada "7/7" que juntou vários militantes da coligação no bairro do Prenda, centro da cidade de Luanda.
O conselho nacional do Bloco Democrático (BD) aprovou a proposta para concorrer às próximas eleições gerais em Angola coligado com a CASA-CE, decisão confirmada segunda-feira à Lusa pelo presidente do partido.
De acordo com Justino Pinto de Andrade, trata-se de uma "decisão tomada após um ano de conversações" e aguarda apenas pelo aval da coligação para formalizar a adesão como quinto partido integrante da Coligação Eleitoral.
"A vontade de adesão está consumada numa decisão do conselho nacional do partido tomada no sábado. Elaborámos o documento que será entregue hoje e agora teremos de formalizar tudo isso a nível das instâncias judiciais. Até aqui não há qualquer problema, é uma vontade soberana do conselho nacional", informou hoje à Lusa Justino Pinto de Andrade.
Segundo Abel Chivukuvuku, a CASA-CE "está em campanha eleitoral permanente desde 2013", com o intuito de transmitir confiança e esperança aos cidadãos, porque em agosto "a coligação será governo".
"O fundamental é dizer que Angola deve ter razões para acreditar, os angolanos têm que ter fé de que podemos fazer um país sério, um país que cuida dos seus filhos, um país onde as pessoas têm esperança e certeza de que conseguem realizar os seus sonhos", acrescentou.
As próximas eleições em Angola ainda não foram convocadas pelo Presidente da República, mas deverão ocorrer no dia 23 de agosto, data aprovada nesta segunda-feira unanimemente pelo Conselho da República.
Segundo Justino Pinto de Andrade, o Bloco Democrático tenciona concorrer às eleições no quadro da coligação, mas "mantendo a sua identidade própria", sendo que a adesão deverá manter-se após as eleições.
"É evidente que o nosso trabalho não se esgota apenas no ato das eleições, mas nós temos também uma sequência de interações depois, ao longo sobretudo do futuro do nosso país, e naturalmente aí tem que haver uma renovação de vontades", acrescentou.
A CASA-CE é a terceira maior força política saída das eleições de 2012 em Angola.
Criada nesse mesmo ano, a coligação é atualmente constituída por quatro partidos políticos - o Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), o Partido Pacífico Angolano (PPA) e o PAADA - Aliança Patriótica.
LUSA