O Presidente angolano orientou a cerimónia de abertura da campanha agrícola 2017/18, realizada no município do Cachiungo, tendo referido que, com esse processo, o Estado pretende dar início a redistribuição de terras e permitir que esse activo seja um factor impulsionador da diversificação da economia nacional.
Na sua alocução, o Chefe de Estado considerou fundamental que se trabalhe a terra e dela se retire o máximo rendimento.
Reprovou a atitude dos produtores que têm concessão de terras e que as deixam inexploradas.
Afirmou que o Executivo vai continuar a criar condições para que os agricultores realizem o seu trabalho sem sobressaltos.
Sobre a organização do comércio rural, o Estadista defendeu uma combinação dos programas do sector.
Entre os referidos programas, destacou o que tem a ver com a reactivação do comerciante da aldeia.
Esse agente (comerciante de aldeia) terá dentro dessa estratégia a responsabilidade de comprar a produção local e as comercializar nos centros de consumo.
Com essa aposta, disse, o país pretende igualmente reduzir o índice de desemprego, fundamentalmente, para os ex-militares e desmobilizados.
Considerou que a banca comercial está, de certa forma, acomodada nos negócios com o Estado, quando devia direccionar-se ao empresariado privado.
Propôs uma aliança tripartida entre a agricultura, indústria e a banca.
Em Angola, a terra é propriedade originária do Estado, que a concede aos proprietários por via de um título de concessão.
Com esse título, frisou que o proprietário tem autorização para explorar a terra durante o tempo estabelecido no contrato.