O Presidente angolano, João Lourenço, acreditou ontem embaixadores de seis países, o primeiro ato do género desde que se tornou chefe de Estado, a 26 de setembro, segundo informa a Lusa.
Nesta primeira lista de acreditação de embaixadores em Luanda no mandato deste novo presidete, Portugal ficou de fora, mas a Rússia e Espanha mereceram atenção especial fora do mundo lusófono e do continente africano.
Na cerimónia que teve ontem lugar no Palácio Presidencial, em Luanda, apresentaram as cartas credenciais os novos embaixadores de São Tomé e Príncipe, Carlos dos Anjos; de Cabo Verde, Jorge de Figueiredo; de Espanha, Manuel Ruigomez; da Rússia, Vladimir Tarorov, da República do Congo, Chryst Engobo, e da Nigéria, Adesesan Olatunde.
Em declarações à impressa, no final do ato, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, destacou o facto de ter sido esta a primeira cerimónia de acreditação de embaixadores presidida por João Lourenço.
“Não deixa de ser um marco assinalável e é ainda mais importante, porque os países que fizeram parte desse primeiro grupo são cada um, por razões próprias, países muito especiais para Angola”, referiu.
Manuel Augusto destacou São Tomé, “um país cujos laços com Angola dispensam apresentações”, e Cabo Verde, “país irmão e companheiro de luta”.
Também a Rússia mereceu realce, considerado por Manuel Augusto “um país que foi fundamental” para a preservação da independência e soberania de Angola. “E que vê a sua relação com Angola traduzida em muitas áreas da nossa vida social e económica e, particularmente, com milhares de quadros angolanos que se formaram naquele país e que hoje contribuem para a nossa existência como Estado e Nação”, salientou.
Relativamente a Espanha, Manuel Augusto classificou como “um país amigo, muito amigo, e que foi determinante naquele período conturbado de 1992”.
“(…)Esteve do nosso lado, do lado de Angola, do povo angolano, na formação, na assistência em vários domínios, nomeadamente nos domínios da segurança”, acrescentou.