Constam da lista dos desavindos Leonel José Gomes, Odeth Luduvina Baca Joaquim, Maria Ferreira Chivukuvuku, Carlos Tiago Kandanda , Lino Bernardo Tito, Abel Nzunzi, Sampaio Mucanda e Lourenço Lumingo.
Os deputados ligados à terceira força política no Parlamento justificaram o afastamento alegando actuações que têm desvirtuado, de um tempo a esta parte, o normal funcionamento da coligação.
O deputado Leonel José Gomes sublinhou que os trâmites para a desintegração já estão decorrer junto do gabinete do presidente da Assembleia Nacional.
Apontou a falta de cumprimento dos acordos estabelecidos para a constituição e funcionamento da coligação, tal como a decisão de expulsão de os “independentes” filiados à coligação, contra a vontade do líder Abel Chivukuvuku.
Questionado se poderiam alia-se a outro partido Lino Bernardo Tito respondeu que enquanto estiverem no exercício do mandato não poder aliar-se a nova força política.
Afirmou que os “independentes”estão disponíveis para acompanhar Abel Chivukuvuku, que rotula “defensor de Angola”.
O presidente da coligação, Abel Chivukuvuku, foi destituído esta semana, passando a assumir a liderança o então vice-presidente, André Mendes de Carvalho "Miau", com o apoio dos partidos coligados.
Os animos na organização agudizaram-se depois de os partidos que sustentam a coligação terem interposto uma reclamação junto do Tribunal Constitucional a questionar os poderes do líder e a divisão em partes iguais do dinheiro do OGE atribuído à CASA-CE resultantes das eleições gerais de 2017.
Abel Chivukuvuku acusava os líderes partidários da coligação de constantes chantagens, enquanto os partidos rotulavam o líder de abuso de poder.
Em Agosto do ano passado, o Tribunal Constitucional, em acórdão, indicava que as decisões de Abel Chivukuvuku, enquanto presidente da CASA-CE, não podem sobrepor-se aos partidos coligados, como criar novas formações dentro da coligação.
O acórdão esvaziava, também, o papel dos alegados “independentes” que integram a CASA-CE, concluindo que os mesmos não podem fazer parte do Comité Presidencial da coligação, como é o caso, por exemplo, do deputado Lindo Bernardo Tito.
Fazem ainda parte do grupo o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), Partido Nacional para o Progresso e Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA) e o Bloco Democrático (BD), que ficou de fora da reivindicação.
Em 2017, se juntou a coligação o Bloco Democrático (BD).