No curto comunicado não é avançado qualquer dado sobre a visita de Paul Kagamé a Luanda, apenas que se desloca a convite de João Lourenço, com quem se reunirá em privado cerca das 12:00 locais (mais uma hora em Portugal).
A deslocação de Kagamé a Luanda acontece num momento em que Angola tem previsto receber, ainda no decorrer da semana, várias personalidades internacionais, como o rei Mohamed VI, de Marrocos, e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, além do secretário de Estado Adjunto norte-americano, John J. Sullivan, que visitou o país entre sábado e segunda-feira.
No sábado, ainda antes da chegada de Sullivan a Angola, o ministro das Relações Exteriores angolano, Manuel Augusto, sem o confirmar diretamente, assumiu que "alguns ilustres visitantes" chegariam ao país ao longo desta semana, reservando os anúncios das visitas para as entidades oficiais desses Estados.
Momentos antes de Manuel Augusto prestar estas declarações, fonte diplomática angolana disse à agência Lusa que os três altos dignitários - Mohamed VI, de Marrocos, Paul Kagamé, do Ruanda, e Viktor Orbán, da Hungria - iriam efetuar visitas de trabalho e/ou de Estado a Angola, sem, porém, adiantar as datas ou mais pormenores.
No próximo sábado, a convite de João Lourenço, pelo menos três chefes de Estado da África Austral estarão em Angola para celebrar o "Dia da Libertação da África Austral", decretado na cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral realizada em Windhoek em agosto de 2018, cujo ato central decorrerá no Cuíto Cuanavale, na província do Cuando Cubango.
Questionado sobre o porquê de Angola estar, nos últimos meses, a ser palco de inúmeras visitas oficiais, o ministro das Relações Exteriores angolano justificou que Luanda está a tornar-se uma "placa giratória" da diplomacia internacional.
"No quadro do que tem sido observado nos últimos tempos, Luanda tem estado a tornar-se uma placa giratória diplomática internacional, que é um facto que muito nos orgulha, mas que nos traz também muitas responsabilidades", afirmou.
Desde dezembro de 2018 que têm sido constantes as visitas de presidentes, de chefes de governo, de ministros e de várias instituições internacionais a Angola, como os casos dos presidentes da República Democrática do Congo e de Portugal, da diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da ex-secretária executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entre outros.
Ainda este ano, estão previstas visitas oficiais do Presidente francês e da chanceler alemã.