Segundo o comunicado, o conclave, sob o lema "MPLA e os Novos Desafios", vai decorrer no Complexo Turístico Futungo 2, em Luanda, e será presidido pelo líder do Movimento Popular de Libertação de Angola, João Lourenço, igualmente chefe de Estado angolano.
Sem a liderança do MPLA estar em causa, os dois temas fortes são o alargamento do Comité Central do partido, em que existem 134 candidatos para se juntarem aos 363 membros atuais, e a estratégia para as primeiras autárquicas em 44 anos de independência de Angola, cujos contornos estão ainda por definir, estando por conhecer se se realizarão simultaneamente em todo o país, como defende a oposição angolana, ou em apenas alguns dos municípios, tal como pretende o partido.
O conclave, que contará com 2.591 delegados, tem também na agenda "ajustamentos pontuais" aos estatutos do partido, relacionados com o alargamento do Comité Central e "outros", e também a aprovação dos documentos finais, como a resolução geral do 7.º Congresso Extraordinário, e as diferentes moções a apresentar.
"Segundo os Estatutos do MPLA, qualquer órgão ou organização do partido, a nível nacional ou um terço dos participantes ao último congresso ordinário [realizado entre 17 e 20 de agosto de 2016] podem propor ao Comité Central ou ao presidente do partido a convocação de um congresso extraordinário, indicando, na proposta, as razões, sendo que o CC delibera, depois de consultar os órgãos intermédios, o que veio a acontecer", lê-se na nota.
No 6.º Congresso Extraordinário do MPLA, realizado a 08 de setembro de 2018, João Lourenço, Presidente de Angola desde setembro de 2017, foi eleito líder do partido com 98,58% dos votos, sucedendo a José Eduardo dos Santos, que presidiu o partido desde 1979.