João Lourenço falava hoje na abertura da IX Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que, entre outros temas, vai debater os processos eleitorais nos Estados-membros.
Nos últimos meses, a Guiné-Bissau atravessou uma crise política, com a recusa pelo Presidente da República, José Mário Vaz, do nome de Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), para o cargo de primeiro-ministro.
Após pressão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o chefe de Estado guineense nomeou o Governo, liderado por Aristides Gomes, em 03 de julho.
Relativamente aos processos eleitorais, João Lourenço considerou "animador" que deputados e senadores participem em missões de observação eleitoral, realizadas na comunidade lusófona.
Segundo o Presidente angolano, "os relatórios de observação são, regra geral, unânimes na constatação de que, na generalidade, a situação política na comunidade é estável e que a vontade dos povos tem sido respeitada nos sucessivos pleitos realizados".
O chefe de Estado angolano realçou que Angola vai realizar, pela primeira vez, em 2020, eleições autárquicas, estando em preparação o pacote legislativo, cujo desfecho "o país acompanha e aguarda com expetativa", tendo em conta a "necessidade de se alcançarem consensos sobre matérias sensíveis do quadro jurídico em análise na Assembleia Nacional".
Além do Governo, os dois principais partidos da oposição angolana, com assento parlamentar - UNITA e CASA-CE, apresentaram propostas de leis para o pacote legislativo autárquico.