O governante prestou esta informação quando discursava no acto de abertura do 9º Conselho Consultivo do Ministério da Energia e Águas (MINEA).
Para si, o crescimento do sector está permitir a expansão de energia nas zonas urbanas, sedes municipais e áreas rurais, com objectivo de passar de 73 para 116 municípios contemplados até 2022, mais de 60%, que permitirá uma cobertura nacional de 50%.
Apesar de pouco menos de 40% da população ter acesso à energia eléctrica, disse, nos últimos meses ocorreram alterações no sistema de produção, transporte e distribuição com grande impacto económico e social, como resultado da interligação Norte/Centro.
Em paralelo, acrescentou, foi elevada a capacidade de oferta entre as hidreléctricas como Lauca, a linha de produção do Ciclo Combinado do Soyo, Cambambe e Capanda até Catete, bem como o reforço da ligação às principais subestações de Luanda.
Relativamente a Lauca, segundo o governante, para além de construída as principais interligações com as regiões norte e centro, no final de Junho, a entrada em funcionamento da quinta turbina permitiu atingir mil 670 megawatts, dos dois mil 70 previstos com a sua conclusão, em 2019.
Para o sector das Águas, o ministro disse que, com o fim da subvenção aos preços, as empresas de Águas, particularmente a EPAL, devem aumentar as suas receitas, resultantes das cobranças, e elevarem a sua capacidade de auto-financiamento, melhorar os seus serviços e as condições dos trabalhadores.
“A capacidade de abastecimento de água, por via da rede pública, é a metade das necessidades actuais, assim deve-se reconhecer o papel do sector privado, nomeadamente do transporte de água por cisternas para abastecer a população, mas deve ser com preços razoáveis e fixos”, disse.
Para o ministro, é importante a conclusão dos projectos em curso para elevar a capacidade e a extensão da rede para Luanda, com destaque para a conclusão da terceira fase do Candelabro, em Kifangondo, bem como o projecto de adução da água do Kasseque, no Zango.
Foi recentemente aprovada a emissão da garantia, pelo Banco Mundial, para a construção do sistema BITA e redes de distribuição associadas, o que se traduzirá na construção, a partir do próximo ano, deste importante sistema que atenderá a parte sul de Luanda.
O Plano Integrado de Intervênção nos Municípios (PIMM) permitirá concluir projectos, cuja execução foi interrompida por limitações financeiras, nos diferentes municípios do país, garantindo assim maior acesso aos serviços de fornecimento de energia e abastecimento de água aos cidadãos.