“Está a realizar-se em Angola, com a participação de políticos, da sociedade civil, da população em geral e do executivo, um esforço de mudança por via do qual pretendemos colocar o país, tão rapidamente quanto possível, no mesmo patamar em que se encontram as nações empenhadas em promover o progresso, o desenvolvimento e o bem-estar dos seus povos, através de boas práticas de governação”, afirmou o chefe de Estado angolano no Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos, em Nova Iorque.
João Lourenço considerou que há “resultados significativos no processo de transformação do país”, mas assumiu que há “um défice de conhecimento” pelos norte-americanos do programa realizado pelo seu Governo.
Nesse sentido, o Presidente angolano crê que a visita aos Estados Unidos “é uma oportunidade soberana para colmatar esse défice” e para falar sobre as medidas que o seu executivo está a adotar para “superar alguns vícios do passado”.
“Estamos a implementar um conjunto de medidas que se inscrevem num plano do executivo sobre o desenvolvimento de Angola, que assenta em alguns eixos fundamentais como o desenvolvimento económico sustentável, a boa governação, a integração regional e internacional, o desenvolvimento das infraestruturas”, referiu João Lourenço, que esta semana cumpre dois anos na liderança de Angola.
“Para a sua concretização, torna-se necessário atrair investimento estrangeiro para a nossa economia, a fim de a diversificar, aumentar a nossa produção interna e assegurar assim o aumento das exportações de bens diversos”, concluiu o Presidente angolano.
João Lourenço detalhou as reformas adotadas, incluindo a Lei de Investimento Privado, a introdução do Imposto de Valor Acrescido (IVA) e “um ambicioso programa de privatizações”.
“Essas reformas difíceis, mas necessárias, estão a começar a diminuir o envolvimento do Estado na economia, a aumentar a transparência, a reduzir os riscos fiscais, a diversificar a economia, a gerar desenvolvimento liderado pelo setor privado, numa palavra, a melhorar o ambiente de negócios e investimentos no país”, justificou.