Várias figuras públicas angolanas decidiram através das redes sociais apelar a população a fazer um “BLACKOUT” nacional, incentivando os trabalhadores do sector público e privado à não exercerem as suas actividades nesta sexta-feira, 11, como forma de protestos a actual situação socioeconómica dificil que o país enfrenta.
Os vários protestos já mereceu a reação do presidente da Republica, João Lourenço, em num discurso proferido esta quinta-feira, acusou militantes do MPLA que desviaram o erário publico para o estrangeiro a estarem a promover uma campanha contra Angola.
A manifestação, incentivada por conhecidas figuras, dentre elas, músicos, activistas sociais e políticos, surge dias depois da entrada em vigor do IVA que, de acordo com especialistas, vai tornar mais caro os produtos e serviços em Angola.
Entretanto, o apelo a manifestação, está a ser contrariado por activistas do badalado caso “15+2” que lutaram contra o regime de JES. Segundo tese, avançada por esses activistas, os promotores do “blackout” desta sexta-feira, são as mesmas pessoas que, no passado beneficiaram-se das benesses durante o consulado de José Eduardo dos Santos, pelo que se suspeita envolvimento numa agenda estranha para desacreditar a governação de João Lourenço:
“os promotores do anunciado evento são membros do regime do MPLA. São pessoas que, estando profundamente descontes com a agenda política de João Lourenço, posicionaram-se no quadro de um esforço que visa desmoralizar, desacreditar e até mesmo levar o presente Governo ao colapso. Dito de outro modo, um sector importante do próprio MPLA está a tentar mobilizar os cidadãos para que, explorando a sua revolta pela crítica situação socioeconómica da generalidade dos Angolanos, façam colapsar o regime na versão de Lourenço” lê-se num documento públicado pelo activista Nuno Alvaro Dala que fez a mesma abordagem na RNA.
Já o jornalista Coque Mukuta que, apesar de reconhecer a manifestação como um direito constitucionalmente consagrado, o também co-autor da obra “Os Meandros das Manifestações em Angola” publicada em 2011, a reação do grupo de activistas dos “15+2”, revela também um pouco de ciúmes ao surgimento de um novo movimento contestário: “é normal o surgimento de qualquer outro grupo que possa lutar a favor dos direitos civis dos cidadãos angolanos, mas penso que os pronunciamentos de alguns activistas, os antigos “revus”, é também demonstração da luta pelo protagonismo entre os grupos” disse.
O jornalista chama atenção para que haja solidariedade entre os grupos que lutam pelos direitos dos cidadãos angolanos: “uma das novidades por exemplo é a forma de protesto que pode derrubar o MPLA”disse. O Decreto