Recentemente, milhares de fiéis da IURD desfilaram na marginal de Luanda pedindo a abertura dos templos que foram apreendidos e encerrados por ordem da Procuradoria-Geral da República angolana, no ano passado, por alegadas práticas de associação criminosa, fraude fiscal, exportação ilícita de capitais e outros crimes.
Falando hoje na abertura da 2ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, o Presidente angolano salientou que "ao Estado compete encontrar uma saída, dando tratamento diferente aos indiciados na presumível prática dos crimes, e outro aos fiéis que se sentem prejudicados com esta situação criada não pela igreja, mas por cidadãos da igreja que devem ser os únicos a pagar por eventuais crimes que tenham cometido".
João Lourenço lembrou que no ano passado, na sequência de denúncias de fiéis e face à presunção da prática de crimes graves por alguns líderes e pastores, os templos de uma das igrejas reconhecidas, que tem presença em praticamente todo o território nacional" foram encerrados, estando os processos a correr os seus trâmites normais junto da Procuradoria-Geral da República.
"Como sabemos, na tentativa da busca da verdade dos factos para não cometer injustiça, a Justiça por vezes é lenta e, com isso, ficam milhares de fiéis sem poderem exercer o direito de culto que a Constituição e a lei lhes confere", observou.