A ministra Sílvia Lutucuta reiterou a necessidade de as pessoas aderirem à vacinação, lembrando que a mesma "é segura e salva vidas".
"Temos que de facto proteger-nos, a vacina é segura, salva vidas, e desta forma podemos continuar a prestar o nosso serviço à nação e ao setor", referiu a governante, sublinhando que pertence ao grupo de pessoas expostas.
O secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, frisou que circularam várias informações a desaconselhar as pessoas a aderirem à vacinação, devido ao curto tempo da sua elaboração.
"É óbvio que ficou aquele medo, produto do tempo prévio à elaboração da vacina, mas ela é segura. O que houve foi uma aceleração no processo de fabrico", referiu.
Por seu turno, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, salientou que é preciso aguardar-se até oito semanas para completar a segunda dose para fazer-se o seguimento e aferir-se se, na verdade, se há imunidade ou não.
"Esta imunização é recente não se sabe muito bem, até quando se pode adquirir a tal imunidade, estamos a realizar em paralelo um estudo antes e depois da primeira dose e a posterior da segunda dose, para avaliar quando é que surgem na verdade, a tal imunidade propalada", afirmou.
Na mesma altura, foram igualmente vacinados os representantes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Andrew Trevett, e da Organização Mundial de Saúde em Angola, Djamila Cabral, tendo esta manifestado satisfação pela "organização e resposta que a população e pessoal de saúde, em primeiro lugar, têm vindo a dar".
Uma nota do Ministério da Saúde de Angola realçou que até ao momento já foram imunizadas mais de 11.000 pessoas contra a covid-19.
No início deste mês, Angola recebeu a primeira remessa de um lote de 624 mil doses de vacina contra a covid-19, da AstraZeneca, no âmbito da iniciativa Covax.
O Governo angolano prevê vacinar toda a população acima dos 16 anos, representando 52% dos habitantes, esperando-se vacinar um total de 16,8 milhões de pessoas.
Angola totalizou até terça-feira 21.114 casos e 516 óbitos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.611.162 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.