Segundo o secretário de Estado para o Planeamento, Milton Reis, candidataram-se ao concurso internacional limitado por prévia qualificação 26 empresas nacionais e 10 estrangeiras.
Milton Reis, citado pela agência noticiosa angolana, informou que para as empresas estrangeiras o contacto será facilitado pelas representações diplomáticas dos seus países, com vista à realização de encontros virtuais com os seus representantes.
O projeto de concessão, em parceria público-privada, para a gestão do aterro sanitário dos Mulenvos, foi aprovado por despacho presidencial, em 24 de março, e prevê a triagem e valorização dos resíduos sólidos através da reciclagem, venda produtos reciclados, compostagem, incineração, biogás e produção de energia.
A capital angolana, com mais de oito milhões de habitantes, produz numa média anual 3,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos, de acordo com um estudo realizado pelo Ministério da Economia e Planeamento, que aponta ainda que 45% dessa produção de lixo tem potencial de reutilização como matéria-prima para a indústria, 35% como fertilizantes e os restantes 20% para a produção de energia.
O Governo angolano estima um investimento de cerca de 60 milhões de euros, para a requalificação do aterro, para o transformar num centro de valorização de resíduos.