O envio excessivamente tardio do convite e a não observação das garantias pedidas pelos 28 seriam os principais motivos da recusa. Ana Gomes acusa as autoridades angolanas de não estarem interessadas na observação europeia. O convite de Luanda a União Europeia só chegou nesta terça-feira (04.07), como confirmou a eurodeputada portuguesa em entrevista à DW África.
Recorde-se que foi noticiado que o MPLA, partido no poder em Angola, e a UNITA, maior força política da oposição, tinham apresentado à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) a lista de observadores internacionais para as eleições gerais de 23 de agosto.
Em declarações à imprensa, no final do plenário na última sexta-feira (30.06), a porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, disse que também que o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, apresentou uma lista de 12 entidades, entre as quais se destacam os antigos Presidentes de Timor-Leste, Ramos Horta, da Namíbia, Lucas Pohamba, de Cabo Verde, Pedro Pires, de Moçambique, Joaquim Chissano, de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, e do Gana, John Mohama.
Segundo Júlia Ferreira, a lista do chefe de Estado angolano inclui ainda organizações internacionais, entre as quais a União Europeia, União Africana, a Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A CNE recebeu do partido Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) uma lista de observadores, da África, da Europa e da Ásia, na qual se incluem os partidos FRELIMO, de Moçambique, SWAPO, da Namíbia, PCT, do Congo, MLSTP-PSD, de São Tomé e Príncipe, ZANU-PF, do Zimbabué, e ANC, da África do Sul.
DW Africa