A decisão foi tomada na primeira reunião ordinária do Colégio Presidencial da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), a que a agência Lusa teve hoje acesso.
As lideranças dos seis partidos políticos que compõem a CASA-CE estiveram hoje reunidas em Luanda, para refletir a vida interna da coligação, tendo reafirmado a sua confiança no seu líder, Manuel Fernandes.
Relativamente ao pedido do Bloco Democrático, feito em novembro de 2021, a coligação decidiu pela sua retirada total, “no sentido de permitir que ambas as forças políticas preparem com o máximo de liberdade e autonomia a sua participação nas próximas eleições gerais”.
Em causa está a participação do Bloco Democrático no projeto político Frente Patriótica Unida, que junta forças políticas como a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e o político Abel Chivukuvuku, líder do projeto político PRA-JA Servir Angola.
Na altura, a CASA-CE deliberou pela suspensão da participação política do Bloco Democrático na coligação até 2022, manter a sua participação no grupo parlamentar, e depois apreciar a manutenção dos direitos adquiridos como membro, no mandato 2017-2022.
Na reunião de hoje, o Colégio Presidencial da CASA-CE decidiu manter para o dia 31 deste mês a data para realização do ato de abertura do ano político 2022, em sede do qual os partidos políticos membros da coligação, representados pelos seus presidentes deverão renovar o pacto para a sua participação em coligação nas eleições gerais de agosto.
A terceira força política do país apela a todos os militantes e quadros da CASA-CE “a manterem-se firmes, serenos, engajados e atentos a todas manobras que visam descredibilizar a organização e todo o esforço empreendido pela sua liderança em prol de uma participação responsável, positiva e airosa nas eleições gerais de agosto próximo”.
A CASA-CE, força política criada em 2012, com Abel Chivukuvuku, antigo dirigente da UNITA, na liderança, integra o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), o Partido de Aliança Livre de Marioria Angolana (PALMA), o Partido Pacífico Angolano (PPA), o Partido de Apoio para a Democracia e Desenvolvimento de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP), o Partido Democrático para o Progresso e Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA).