Em declarações à imprensa, na sala de reuniões do Comando provincial da Polícia Nacional, Adelino João Cassoma, 41 anos de idade, 30 dos quais ao serviço da UNITA, como militar e militante, desmentiu todas as acusações feitas por aquele partido através do seu Secretário Nacional para os Direitos Humanos, Joaquim Nafoia, segundo as quais tinha sido raptado e atirado ao rio Cuango, onde foi comido por crocodilos.
“ A UNITA não devia fazer esse tipo de acusação porque não tinha provas de nada, uma vez que em nenhum momento eu fui raptado e assassinado por responsáveis do MPLA na Comuna do Luremo”, disse Adelino João Cassoma, referindo que a posição do partido demonstra a falta de maturidade enquanto força política e um desrespeito à sua dignidade e da sua família.
Adelino João Cassoma que se apresenta como desmobilizado das ex-FALA, relata que o seu desaparecimento de aproximadamente vinte dias em que ficou escondido algures na mata do Luremo, deveu-se ao receio que tinha que pudessem surgir actos de intolerância política, uma vez que na referida localidade, a esmagadora maioria da população local é do MPLA.
A UNITA e outros partidos políticos, disse, não têm expressão nem aceitação no Luremo porque a população identifica-se com o MPLA, por considerarem que é a única força política capaz de conduzir os destinos do país. ( In Jornal de Angola )
UNITA diz que que o homem apresentado não é o militante desaparecido
Contactado pelo Novo Jornal, Joaquim Nafoia, Secretário Nacional da UNITA para os Direitos Humanos, refuta a identidade do indivíduo que se apresentou como Adelino João Cassoma, afirmando que se trata de"uma maquinação do MPLA".
"Aquele não é o nosso companheiro", garantiu, prometendo apresentar provas daquilo que considera ser uma "encenação montada pelo MPLA" para resolver este problema grave.
JÁ | NJ