Num comunicado assinado pelo seu chefe de gabinete, Guylain Nyembo, o chefe de Estado democrático-congolês exprime “profuda tristeza face à morte deste ilustre amigo da RD Congo” que durante anos demonstrou um “apoio inabalável à salvaguarda de nossa integridade territorial diante das tendências beligerantes de nossos inimigos, especialmente nas horas mais sombrias de nossa história recente".
Félix Tshisekedi apresenta também profundas condolências à família de José Eduardo dos Santos, que morreu na sexta-feira numa clínica de Barcelona, aos 79 anos, bem como “à república irmã de Angola”.
A fim de honrar a sua memória, “será decretado um dia de luto nacional na Republica Democrática do Congo, na data das suas exéquias”, acrescenta o comunicado.
A presidência angolana decretou sete dias de luto nacional pela morte do antigo chefe de Estado com início às 00:00 de 09 de julho.
Eduardo dos Santos sucedeu a Agostinho Neto como Presidente de Angola em 1979 e deixou o cargo em 2017, cumprindo uma das mais longas presidências no mundo, marcada por acusações de corrupção e nepotismo.
Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa no país desde a independência de Portugal, em 1975.