“Apelamos a todas as partes para que se expressem pacificamente e que resolvam quaisquer reclamações de acordo com os preceitos legais aplicáveis ao abrigo da lei angolana”, disse o gabinete do porta-voz do Departamento de Estado em comunicado.
Segundo a mesma nota, os Estados Unidos da América (EUA) “observaram a ampla participação” dos angolanos nas eleições de quarta-feira e continuarão a “acompanhar de perto o processo eleitoral”.
“Ansiamos trabalhar juntos no caminho por uma Angola mais segura e próspera para todos”, acrescentou o gabinete do Governo norte-americano.
Segundo dados divulgados pela CNE, o MPLA venceu as eleições em Angola com 51% dos votos contra 44% da UNITA, segundo os resultados definitivos hoje anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
Os resultados finais estão a ser presentados na sede da CNE pelo presidente do órgão, Manuel Pereira da Silva.
Segundo os dados apresentados, votaram 44,82% dos 14,4 milhões de eleitores, com 1,67% de votos brancos e 1,15% de votos nulos.
O MPLA arrecadou 3.209.429 de votos, ou seja 51,17%, elegendo 124 deputados, e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) conquistou 2.756.786 votos, garantindo 90 deputados, com 43,95% do total.
O plenário da CNE proclamou assim Presidente da República de Angola, João Lourenço, cabeça de lista do MPLA, o partido mais votado e vice-presidente, Esperança da Costa, segunda da lista do MPLA.
No entanto, o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, contestou na sexta-feira a vitória do MPLA e pediu uma comissão internacional para comparar as atas eleitorais na posse do partido com as da CNE.
As autoridades angolanas têm reforçado o policiamento em zonas sensíveis da cidade e têm impedido a realização de qualquer manifestação de opositores ou ativistas contra os resultados das eleições de 24 de agosto.