João Lourenço descerrou a placa da nova sede da PGR angolana, precisamente as 10:00 locais (mesma hora em Lisboa) e após fazer o corte da fita percorreu várias dependências da instituição, em visita guiada pelo procurador-geral da República de Angola, Hélder Pitta Gróz.
Localizado na Rua Moisés Cardoso, também conhecida como a Rua da SINFO, centro da capital angolana, o edifício construído numa zona de 21.000 metros quadrados, conta com 16 pisos, nomeadamente 11 pisos acima do solo e cinco no subsolo (cave).
Cada andar contém salas de reunião e de formação e a infraestrutura, cujos custos não foram revelados, conta também com áreas técnicas, reservatórios de água e combustível, "data center", elevadores com tecnologia de ponta e um estacionamento subterrâneo com 120 lugares.
A inauguração da sede enquadra-se nas celebrações dos 44 anos da PGR angolana, que hoje se assinala.
Para Hélder Pitta Gróz, empossado no cargo na quarta-feira para mais um mandato de cinco anos, a nova sede do órgão que tutela traz maior conforto aos magistrados e funcionários da procuradoria angolana.
"Agora vamos ter a possibilidade de concentrar aqui os serviços, facilita a coordenação dos serviços e tendo as pessoas devidamente acomodadas também, acho, o desempenho será melhor", disse aos jornalistas.
"No antigo edifício era mais difícil a coordenação e isso obrigava que o PGR se deslocava muitas vezes para fora do seu gabinete, para fora do edifício para ir aos outros sítios e que perdes tempo, perdes a direção", argumentou.
O combate à corrupção e à criminalidade no geral, salientou, norteiam os desafios da PGR, sendo que com novas instalações, explicou, a forma de abordá-los será com "mais tranquilidade, serenidade, devidamente acomodado".
"Vamos pensar melhor e também fazer melhor", disse Pitta Gróz, acreditando que as condições de acomodação dos funcionários da PGR no interior de Angola devem igualmente melhorar.
A criação de condições, para responder aos pedidos do interior do país, "não se esgota aqui com este edifício", sustentou.
"Pedimos ao executivo que tivesse isso em conta também", assinalou.
Assegurou ainda que o órgão não abrandou o combate à corrupção, principalmente os casos mediáticos, referindo que processos do género "não devem ser discutidos em hasta pública".
"Os processos quando estão em instrução, estão em segredo de justiça e temos que esperar que depois passem para a fase pública quando forem remetidos a tribunal, do nosso lado nada parou", vincou o PGR, considerando ainda que o cidadão recuperou a confiança ao órgão.