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Eleições 2017: Perto do encerramento assembleias de voto registam fraca adesão de eleitores

Post by: 23 Agosto, 2017

Reduzida afluência de eleitores é o cenário que se verifica esta tarde em grande parte das assembleias de voto em Luanda, uma delas a número 674, que reclama ainda pouca logística e défice de delegados de lista.

A funcionar na escola do I ciclo 3012, no município do Cazenga, arredores de Luanda, o presidente daquela assembleia de voto, João Manuel, contou à agência Lusa, que a "grande preocupação" que marcou o dia foi sobretudo "a falta de alimentação para os delegados de lista dos partidos concorrentes".

"Até agora apenas os delegados de lista do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) tiveram acesso à alimentação direta, o resto, estamos aqui apenas dependentes da solidariedade da equipa em trabalho e compramos uma ou outra coisa para comer. A situação é preocupante e muito complicada, trabalhar com fome", disse.

Uma outra preocupação relatada tem a ver com "o défice de delegados de lista, sobretudo dos partidos FNLA (Frente Nacional para a Libertação de Angola), APN (Aliança Patriótica Nacional) e PRS (Partido de Renovação Social)", que está a ser colmatada "com alguns delegados suplentes, que vão surgindo já a última da hora".

Quanto à adesão de eleitores, o presidente da assembleia de voto número 674, a funcionar com seis mesas de voto, fez saber que a grande afluência de eleitores se registou no período da manhã, e que "a esta altura os eleitores vão surgindo a conta-gotas".

É o caso de Paciência Manuel, que apenas se dirigiu à sua assembleia de voto, esta tarde, devido a ocupações profissionais.

"Apenas agora porque até a esta altura encontrava-me a trabalhar e como sei que o voto encerra às 18:00, vim cá cumprir o meu dever e foi rápido", disse a balconista de 33 anos.

Angola realiza hoje as quartas eleições gerais, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).

A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.

A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições gerais de 2012.

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