A informação foi hoje avançada pela porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, no final da reunião plenária que analisou também o comportamento de alguns comissários nacionais e provinciais daquele órgão eleitoral e duas reclamações apresentadas pela coligação CASA-CE e o partido UNITA.
Júlia Ferreira realçou que o apuramento provincial definitivo é uma etapa do processo eleitoral que está a decorrer em todas as províncias do país, tendo as províncias de Cabinda, Bengo, Cuando Cubango, Cunene, Huambo, Uíge, Zaire, Luanda, Namibe, Huíla e Moxico apresentado já as atas com os resultados definitivos.
"O processo neste momento continua a decorrer, em termos de estimativas estas 11 províncias correspondem já a mais de 50% do apuramento provincial feito e esta é uma etapa que está a ser tratada em conformidade com os desígnios da lei", referiu Júlia Ferreira.
Segundo a porta-voz da CNE, todo o processo tem estado a ser presenciado pelos mandatários das seis forças políticas que concorreram às eleições, respondendo assim "ao apelo da CNE e da lei".
Relativamente aos pedidos de impugnação dos resultados provisórios divulgados pela CNE submetidos pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), ambas concorrentes às eleições gerais angolanas, o plenário deliberou a constituição de uma equipa de trabalho para analisar estas reclamações.
Os resultados provisórios das eleições gerais de 23 de agosto divulgados pela CNE não são reconhecidos pela UNITA, CASA-CE e pelo Partido de Renovação Social (PRS), dão vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com 61% dos votos e uma projeção de 150 deputados (maioria qualificada), além da eleição de João Lourenço como próximo Presidente da República.
Aquelas forças políticas concorrentes não reconhecem os resultados eleitorais provisórios, alegando que a contagem paralela que estão a realizar, com base nas atas sínteses das mesas de voto, aponta para dados diferentes.
Angola realizou a 23 de agosto as quartas eleições, às quais concorreram o MPLA, UNITA, CASA-CE, PRS, Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).