"Dada a trajetória projetada e a força do furacão Milton, o Presidente Biden adia a viagem à Alemanha e Angola para supervisionar os preparativos e a resposta ao furacão Milton, além da resposta contínua aos impactos do furacão Helene", refere uma nota da presidência norte-americana.
A declaração, assinada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, não refere cancelamento mas sim "adiamento" mas sem dar mais indicações.
A visita de Biden a Angola estava prevista para se realizar na próxima semana, de 13 a 15 de outubro, enquanto a visita à Alemanha estava prevista entre 10 e 12 de outubro.
Biden havia planejado uma grande cúpula no sábado (12) na Alemanha, com os líderes da França, do Reino Unido e de outros países europeus reservando um tempo para viajar para uma base aérea dos EUA para negociações sobre o apoio contínuo à Ucrânia.
Na manhã desta terça-feira (8), uma fonte alemã disse que não havia recebido informações da Casa Branca de que Biden estava planejando cancelar sua visita.
Ainda assim, assessores dentro da Casa Branca não descartavam uma mudança nos planos enquanto o furacão Milton avança em direção à costa oeste da Flórida.https://www.youtube.com/watch?v=e1WjIuHMM3Q
Biden recebeu um briefing sobre a tempestade nesta terça-feira de manhã e deve fazer comentários na Sala Roosevelt no começo da tarde. Entretanto, o furacão Milton, poderá tornar-se uma "das piores tempestades" que passará pelo país nos últimos cem anos. O furacão deve passar pela Florida e Joe Biden avisou que será uma "questão de vida ou de morte", apelando à população para que abandone as regiões por onde a intempérie deverá passar: "O tempo para sair é agora, agora, agora".
O furacão Milton passou de categoria 1 a 5 em apenas 24 horas, algo muito raro neste tipo de fenómenos. E surge apenas uma semana depois do furacão Helene ter deixado um rasto de destruição por todo o sul dos Estados Unidos, tornando-se o segundo pior furacão de sempre depois do Katrina. Espera-se que o Milton cruze a Florida e cause inundações, além dos seus ventos poderem voltar a arrastar casas e árvores. Os primeiros efeitos já estão a chegar à costa, onde a ondulação começou a fazer os primeiros estragos.